Artigo de Gregório Rabelo, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), cujo mandato está por se encerrar, fez breve retrospecto do modal ferroviário no Brasil e em outras nações com vastos territórios, como a China, Canadá, EUA, Rússia e Índia. Recordou que os 71 mil quilômetros de trilhos na China foram decisivos para as taxas do Produto Interno Bruto (PIB) que mais cresce na atualidade. Mostrou que o Canadá, em meio a sua malha de 80 mil km, ostenta a estratégica Canadian Pacific Railway, que liga Vancouver a Montreal. Ou ainda da lendária Transiberiana, que atravessa 8 fusos horários, construída ainda no tempos dos czares. Finalmente os EUA, com seus 200 mil km, possuem a mais extensa malha ferroviária do mundo e onde se destaca outro projeto épico: a Union Pacific Railroad, primeira a perfazer uma rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico e que foi iniciada ainda no mandato de Abraham Lincoln, em 1862, em plena Guerra de Secessão.
BRASIL
Em tal cenário, Gregório Rabelo, o Brasil faz uma triste figura. Diz o articulista: Chegamos a contar com 35 mil km de trilhos, no bojo da República Velha, em 1922. Fruto de descasos e falta de visão estratégica, reduzimos para apenas 28 mil km. Desse total, 6 mil km não podem ser utilizados, pois não reúnem as condições plenas de operacionalidade, portanto, restam em funcionamento somente 22 mil km. Desperdiçamos 13 mil km de trilhos, o que equivale a um prejuízo de US$ 156 milhões (sem correção monetária e juros). Mas, otimista, deposita grandes esperanças na construção da Ferrovia Norte-Sul que, se concretizada, unirá várias regiões e permitirá ao País produzir e escoar 300 milhões de toneladas de grãos por ano, em lugar do patamar de 130 milhões de toneladas atuais. A Norte-Sul foi projetada em 1987, pelo então presidente José Sarney, com intuito de diminuir os custos de transportes em longa distância e promover a integração nacional. A ferrovia possui 1550 quilômetros de trilhos, dos quais 724 quilômetros encontram-se no estado de Tocantins, 427 no estado de Goiás e 215 quilômetros no Maranhão, que já estão prontos e em operação comercial.
A expectativa é que o atual governo aumente a capacidade de transporte de baixo custo. Em 2006, Lula, quando foi ao Tocantins, fez auto-crítica, se mostrando arrependido de, quando deputado, ter sido contra o projeto de Sarney. Vistoriando as obras, fez questão de elogiar a “visão de estadista” de Sarney, que o acompanhava como convidado de honra. Mas, o importante é que, quando estiver em plena operação, a ferrovia será capaz de transportar cerca de 12,4 milhões de toneladas/ano, possibilitando o escoamento da produção e reduzindo significativamente o custo do frete para longas distâncias. Além disso, a obra vai viabilizar a implantação de novos negócios. Só no estado de Tocantins já foram gerados aproximadamente 2 mil empregos, diretos e indiretos. O corredor ferroviário permitirá, ainda, a articulação dos sistemas multimodais de transporte entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste - e com o restante do País. Uma das providências do atual governo federal mais importantes é a construção, por sugestão justamente de Sarney, de duas pontes sobre os rios Oiapoque e Jarí. A primeira ligará o Amapá à Guiana francesa, abrindo uma rota econômica importante que facilitará o comércio e a integração do Brasil aos mercados da Europa, do Caribe e do Planalto das Guianas. A segunda, ligará também o Amapá ao Pará, permitindo que o estado se integre e, por conseguinte, com o Maranhão, o Tocantins, portanto, com acesso à Ferrovia Norte/Sul.
Tudo isso irá proporcionar a redução de custos na cadeia produtiva inter-regional e o aumento da competitividade dos pólos industriais e agroindustriais. Entre os benefícios deste corredor de exportação, destacam-se a viabilização do escoamento de grãos do cerrado brasileiro, o aumento na arrecadação de impostos e, sobretudo, a geração de empregos e redução das desigualdades sociais.
Mas Gregório Rabeli termina com uma advertência: O século 21 poderá ser o tempo de retomada dessa lacuna, desde que, diferentemente do passado, contemos com grandeza tanto na visão estratégica quanto na percepção e vontade políticas, aliadas à cobrança e à permanente vigilância de uma sociedade cônscia de seu país e dos "trilhos históricos". No atual cenário, o Brasil necessita, anualmente, da construção de 4 mil km de ferrovias, a fim de que, daqui a duas décadas, possuamos uma malha igual à do Canadá, que possa suprir a demanda na logística e conduzir o crescimento econômico que ansiamos.
BRASIL
Em tal cenário, Gregório Rabelo, o Brasil faz uma triste figura. Diz o articulista: Chegamos a contar com 35 mil km de trilhos, no bojo da República Velha, em 1922. Fruto de descasos e falta de visão estratégica, reduzimos para apenas 28 mil km. Desse total, 6 mil km não podem ser utilizados, pois não reúnem as condições plenas de operacionalidade, portanto, restam em funcionamento somente 22 mil km. Desperdiçamos 13 mil km de trilhos, o que equivale a um prejuízo de US$ 156 milhões (sem correção monetária e juros). Mas, otimista, deposita grandes esperanças na construção da Ferrovia Norte-Sul que, se concretizada, unirá várias regiões e permitirá ao País produzir e escoar 300 milhões de toneladas de grãos por ano, em lugar do patamar de 130 milhões de toneladas atuais. A Norte-Sul foi projetada em 1987, pelo então presidente José Sarney, com intuito de diminuir os custos de transportes em longa distância e promover a integração nacional. A ferrovia possui 1550 quilômetros de trilhos, dos quais 724 quilômetros encontram-se no estado de Tocantins, 427 no estado de Goiás e 215 quilômetros no Maranhão, que já estão prontos e em operação comercial.
A expectativa é que o atual governo aumente a capacidade de transporte de baixo custo. Em 2006, Lula, quando foi ao Tocantins, fez auto-crítica, se mostrando arrependido de, quando deputado, ter sido contra o projeto de Sarney. Vistoriando as obras, fez questão de elogiar a “visão de estadista” de Sarney, que o acompanhava como convidado de honra. Mas, o importante é que, quando estiver em plena operação, a ferrovia será capaz de transportar cerca de 12,4 milhões de toneladas/ano, possibilitando o escoamento da produção e reduzindo significativamente o custo do frete para longas distâncias. Além disso, a obra vai viabilizar a implantação de novos negócios. Só no estado de Tocantins já foram gerados aproximadamente 2 mil empregos, diretos e indiretos. O corredor ferroviário permitirá, ainda, a articulação dos sistemas multimodais de transporte entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste - e com o restante do País. Uma das providências do atual governo federal mais importantes é a construção, por sugestão justamente de Sarney, de duas pontes sobre os rios Oiapoque e Jarí. A primeira ligará o Amapá à Guiana francesa, abrindo uma rota econômica importante que facilitará o comércio e a integração do Brasil aos mercados da Europa, do Caribe e do Planalto das Guianas. A segunda, ligará também o Amapá ao Pará, permitindo que o estado se integre e, por conseguinte, com o Maranhão, o Tocantins, portanto, com acesso à Ferrovia Norte/Sul.
Tudo isso irá proporcionar a redução de custos na cadeia produtiva inter-regional e o aumento da competitividade dos pólos industriais e agroindustriais. Entre os benefícios deste corredor de exportação, destacam-se a viabilização do escoamento de grãos do cerrado brasileiro, o aumento na arrecadação de impostos e, sobretudo, a geração de empregos e redução das desigualdades sociais.
Mas Gregório Rabeli termina com uma advertência: O século 21 poderá ser o tempo de retomada dessa lacuna, desde que, diferentemente do passado, contemos com grandeza tanto na visão estratégica quanto na percepção e vontade políticas, aliadas à cobrança e à permanente vigilância de uma sociedade cônscia de seu país e dos "trilhos históricos". No atual cenário, o Brasil necessita, anualmente, da construção de 4 mil km de ferrovias, a fim de que, daqui a duas décadas, possuamos uma malha igual à do Canadá, que possa suprir a demanda na logística e conduzir o crescimento econômico que ansiamos.
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Abrir estradas, de ferro, marítima, fluvial, lacustre, rodagem é abrir caminho para o progresso da Nação, abrindo novos Municípios, novos Estados tornando Políticamente, Economicamente e Militarmente Forte aos olhos do Mundo.....+ nada disso adiantará se a Escola ñ tiver enganjada na sua formação Intelectual, Cultural e Esportiva...qm sabe domina qm ñ sabe obedece....
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