quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

REFLEXÃO


“Intelectual é algo que em política é preciso se fazer perdoar por ser. Chega a ser perdoado, mas sob a condição de ser esquecido - pois sempre se fica mal visto; em política não há nada mais humilhante do que a inteligência. (...) A inteligência é como a gagueira no teatro, algo que se precisa superar para fazer carreira. Um intelectual chega a receber votos do povo mas raramente, ou nunca, o reconhecimento dos políticos e a confiança dos militares. Aqueles consideram a inteligência uma afronta, estes, uma insinuação. Em nossos países a inteligência é considerada um enfeite e não um instrumento. ­Ser inteligente é ser desobrigado de deveres e compromissos, nesses países cujos do­nos não sabem para que serve a inteligência”

Carlos Lacerda

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