Irã defende programa nuclear e critica novas sanções
O negociador iraniano para o tema nuclear, Said Jalili, defendeu o direito do Irã a enriquecer urânio e chamou de "ilógicas" as novas sanções contra o país. Jalili afirmou que os fins do programa desenvolvido pelo país são "pacíficos".
Ele compareceu ao Parlamento Europeu um dia depois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha - e a Alemanha decidirem promover uma nova sanção contra o Irã diante da recusa do país a suspender o programa nuclear.O também secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional considerou que as novas medidas são "ilógicas" e contrárias aos interesses comerciais dos países que as incentivam."Os que impõem sanções ao Irã fazem isso contra seus próprios países, e acho que muitas empresas estão preocupadas com a atual situação", disse.Uma nova resolução envolve o reforço das sanções em vigor, ou seja, com novos documentos dirigidos aos setores que mais afetariam o regime de Teerã, como as atividades bancárias e financeiras. Jalili fez várias referências aos relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e da Agência Central de Inteligência (CIA) nos quais se coloca em dúvida que as intenções do programa nuclear iraniano sejam armamentistas. Ele lembrou que o Irã se colocou "voluntariamente" à disposição do diretor-geral da AIEA, Mohamed ElBaradei, para a verificação de suas atividades nucleares e a inspeção de suas centrais.O negociador prometeu uma plena colaboração para que ElBaradei apresente no fim de março um novo relatório a este respeito. No entanto, os eurodeputados que lhe fizeram perguntas na Comissão de Assuntos Exteriores reprovaram sua falta de transparência sobre as atividades nucleares iranianas e expressaram inquietação pela atitude do regime de Teerã nas relações internacionais.
Mas, na verdade, o Ocidente quer, precisa de uma guerra com o Irã. O país dos Aiatolás poderia acabar totalmente com a sua soberania e fazer absolutamente tudo que o Ocidente quisesse. Mas os EUA e seus aliados começariam a exigir mais e mais, até que houvesse um pretexto para a guerra.
Desde o ano passado os jogos de guerra para operações contra o Irã começaram. Como acusa o artigo de Michel Chossudovsky, "a Guerra no Irã", os EUA completaram as principais manobras militares no Golfo Pérsico a curta distância das águas territoriais iranianas. Esta demonstração naval destina-se a "enviar uma advertência a Teerã" após a adoção da Resolução 1747 do Conselho de Segurança das Nações Unidas , a qual impõe grandes sanções econômicas ao Irã em retaliação pelo não cumprimento das exigências americanas quanto ao seu programa de enriquecimento de urânio. Os jogos de guerra americanos junto ao litoral iraniano envolveram a participação de dois porta-aviões, o USS John Stennis e o USS Eisenhower com uns 10 mil elementos da marinha e mais de 100 aviões de guerra. O porta-aviões USS John C. Stennis, que faz parte da 5ª Frota Americana, entrou no Golfo Pérsico desde 27 de Março, escoltado pelo cruzador com mísseis guiados USS Antietam (CG-54). (ver http://www.navy.mil/ ). O porta-aviões de grupo de ataque USS John C. Stennis e sua ala aérea, o Carrier Air Wing (CVW) 9 dizem ter conduzido "um exercício dual" junto com o USS Dwight D. Eisenhower Carrier Strike Group (IKE CSG):
"Esta é a primeira vez que os grupos de ataque Stennis e Eisenhower operaram juntos num exercício conjunto enquanto adstritos à 5ª Frota. Este exercício demonstra a importância e a capacidade de ambos os grupos de ataque planearem e conduzirem operações de força tarefa dupla como parte do compromisso da Marinha para manterem segurança marítima e estabilidade na região".
Os jogos de guerra foram conduzidos num momento de tensão diplomática e confrontação após a detenção pelo Irã de 15 elementos da Royal Navy britânica, os quais estavam alegadamente patrulhando dentro das águas territoriais iranianas. O governo britânico, apoiado pela desinformação da mídia, tem utilizando este incidente tendo em vista criar uma situação de confrontação com o Irã. As manobras emparelhadas com as ameaças britânicas em relação ao desdobrar da "Crise dos reféns" constituem um ato de provocação da parte da aliança militar anglo-americana.
Leia o excelente artigo de Michel Chossudovsky, acessando:
http://www.resistir.info/chossudovsky/guerra_ao_irao.html Michel Chossudovsky
Sobre o tema, leiam também:
Iran Theater Near-Term (TIRANNT) , de Michel Chossudovsky
No Brasil, para uma visão geral sobre o Irã, leiam:
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Para um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto, leiam o livro de Michel Chossudovsky America’s "War on Terrorism" , em segunda edição, pela "Global Research", 2005. Ele é Professor de economia da Universidade de Ottawa e especialista em processo de globalização. Não há versão em português, mas diversos artigos do professor podem ser encontrados no site português
Para mais informações, acesse:
America's "War on Terrorism", click here
America's "War on Terrorism", click here
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