Dança originária dos movimentos da Capoeira. A estilização dos passos foi resultado da perseguição infligida pela Polícia aos capoeiras, que aos poucos sumiram das ruas, dando lugar aos passistas.
Em meados do século XIX, em Pernambuco, surgiram as primeiras bandas de músicas marciais, executando dobrados, marchas e polcas. Estes agrupamentos musicais militares eram acompanhados por grupos de capoeiristas. Por esta mesma época, surgiram os primeiros clubes de carnaval de Pernambuco, entre eles o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (1889) e o C.C.M. Lenhadores (1897), formados por trabalhadores, cada um possuindo a sua banda de música. Os capoeiristas necessitavam de um disfarce para acompanhar as bandas, agora dos clubes, já que eram perseguidos pela polícia. Assim, modificaram seus golpes acompanhando a música, originando tempos depois o "Passo" (a dança do Frevo) e trocando suas antigas armas pelos símbolos dos clubes que, no caso dos Vassourinhas e Lenhadores, eram constituídos por pedaços de madeira encimados por uma pequena vassoura ou um pequeno machado, usados como enfeites. A sombrinha teria sido utilizada como arma pelos capoeiristas, à semelhança dos símbolos dos clubes e de outros objetos como a bengala. De início, era o guarda-chuvas comum, geralmente velho e esfarrapado, hoje estilizado, pequeno para facilitar a dança, e colorido para embelezar a coreografia. Atualmente a sombrinha é o ornamento que mais caracteriza o passista e é um dos principais símbolos do carnaval de Pernambuco.
O frevo é uma dança inspirada em um misto de Marcha e Polca, em compasso binário ou quaternário, dependendo da composição, de ritmo sincopado. É uma das danças mais vivas e mais brejeiras do folclore brasileiro. A comunicabilidade da música é tão contagiante que, quando executada, atrai os que passam e, empolgados, tomam parte nos folguedos. E é por isso mesmo, uma dança de multidão, onde se confundem todas as classes sociais em promiscuidade democrática. O frevo tanto é dançado na rua, como no salão. O berço do frevo é o Estado de Pernambuco, onde é mais dançado do que em outra qualquer parte. Há inúmeros clubes que se comprazem em disputar a palmo nesta dança tipicamente popular, oferecendo exibições de rico efeito coreográfico. Alguém disse que o frevo vem da expressão errônea do negro querendo dizer: "Eu fervo todo", diz: "Quando eu ouço essa música, eu frevo todo". O frevo é rico em espontaneidade e em improvisação, permitindo ao dançarino criar, com seu espírito inventivo, a par com a maestria, os passos mais variados, desde os simples aos mais malabarísticos, possíveis e imagináveis. E, assim, executam, às vezes, verdadeiras acrobacias que chegam a desafiar as leis do equilíbrio.
O frevo é uma dança inspirada em um misto de Marcha e Polca, em compasso binário ou quaternário, dependendo da composição, de ritmo sincopado. É uma das danças mais vivas e mais brejeiras do folclore brasileiro. A comunicabilidade da música é tão contagiante que, quando executada, atrai os que passam e, empolgados, tomam parte nos folguedos. E é por isso mesmo, uma dança de multidão, onde se confundem todas as classes sociais em promiscuidade democrática. O frevo tanto é dançado na rua, como no salão. O berço do frevo é o Estado de Pernambuco, onde é mais dançado do que em outra qualquer parte. Há inúmeros clubes que se comprazem em disputar a palmo nesta dança tipicamente popular, oferecendo exibições de rico efeito coreográfico. Alguém disse que o frevo vem da expressão errônea do negro querendo dizer: "Eu fervo todo", diz: "Quando eu ouço essa música, eu frevo todo". O frevo é rico em espontaneidade e em improvisação, permitindo ao dançarino criar, com seu espírito inventivo, a par com a maestria, os passos mais variados, desde os simples aos mais malabarísticos, possíveis e imagináveis. E, assim, executam, às vezes, verdadeiras acrobacias que chegam a desafiar as leis do equilíbrio.
Mas, ninguém melhor do que Câmara Cascudo para falar deste incrível fenômeno pernambucano:
O FREVO
Por Câmara Cascudo
Dança de rua e de salão, é a grande alucinação do carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frenético, que é a sua característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da dança fica a ferver. E foi dessa idéia de fervura (o povo pronuncia frevura, frever, etc.), que se criou o nome frevo. A primeira coisa que caracteriza o frevo é ser, não uma dança coletiva, de um grupo, um cordão, um cortejo, mas da multidão mesma, a que aderem todos que o ouvem, como se por todos passasse uma corrente eletrizante. Igualmente é dançado em salão, como marcha, sem embargo de que, por vezes, os pares se façam em roda, a cujo centro fica um dançarino, obrigado a fazer letra (um passo ou gatimônia qualquer) depois do que é substituído por outro e assim sucessivamente. O frevo é uma marcha, com divisão em binário e andamento semelhante ao da marchinha carioca, mais pesada e barulhenta e com uma execução vigorosa e estridente de fanfarra. Nele o ritmo é tudo, afinal a sua própria essência , ao passo que na marchinha a predominância é melódica. Divide-se em duas partes e os seus motivos se apresentam sempre em diálogos de trombones e pistões com clarinetes e saxofones. Mário Melo diz que o frevo nasceu da polca-marcha e foi o Capitão José Lourenço da Silva (Zuzinha), ensaiador das bandas da Brigada Militar de Pernambuco, quem estabeleceu a linha divisória entre o frevo e a polca-marcha, que começa na introdução sincopada em quiálteras. A coreografia dessa dança de multidão é, curiosamente, ad libitum. Centos e centos de dançarinos ao som da mesma música excitante dançam diversamente. Raro o gesto igual, fortuita a atitude semelhante. No delírio da mobilidade mantém o pernambucano (o frevo está se derramando pelo Brasil) a feição pessoal, instintiva , de improvisação e variabilidade personalíssimas. A presença do frevo nos salões, nos clubes carnavalescos é posterior a 1917. Neste ano, primeiro carnaval a que assisti no Recife, estive em quase todos os bailes, acompanhando amigos prestigiosos, e só encontrava o frevo (dizia-se apenas o passo, fazer o passo) nas ruas. “O termo frevo, vulgaríssimo e corrente entre nós, apareceu pelo carnaval de 1909: ‘Olha o frevo!’, era a frase de entusiasmo que se ouvia no delírio da confusão e apertões do povo unido, compacto ou em marcha, acompanhando os clubes.”
(Pereira da Costa, “Vocabulário Pernambucano”, Recife, 1937). Fonte: “Dicionário do Folclore Brasileiro”, Câmara Cascudo, Ediouro, 1999.
Para saber mais sobre o FREVO, acesse os links a seguir:
FREVO - história, dança e cultura popular nordestina
Saiba mais sobre a História do Frevo, Carnaval em Pernambuco, primeiras bandas musicais, marchas e polcas, hinos carnavalescos, clubes de carnaval, frevo de ...
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Frevo
Cliquemusic: Frevo. A acelerada marcha pernambucana que pôs o Brasil para pular.cliquemusic.uol.com.br/br/generos/generos.asp?nu_materia=10 - 32k -
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Frevos de Pernambuco
José Michiles da Silva, é recifense de 1943. Aos 23 anos, ganhou seu primeiro concurso, com o belo frevo-de-bloco Recife, manhã de sol. ...www.frevo.pe.gov.br/ - 37k
José Michiles da Silva, é recifense de 1943. Aos 23 anos, ganhou seu primeiro concurso, com o belo frevo-de-bloco Recife, manhã de sol. ...www.frevo.pe.gov.br/ - 37k
da pintura acima: http://fotolog.terra.com.br/ivanmauricio:909
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