segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

INDÚSTRIA


Indústria fecha 2007 com expansão nos 14 locais pesquisados


O índice da indústria regional em dezembro e o acumulado de 2007 foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação foi feita às 9h, em entrevista coletiva na sede da instituição, no centro do Rio. Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal/Produção Física Regional (PIM/PF Regional) estarão disponíveis também na página do instituto na internet.Também às 9h, a Fundação Getulio Vargas divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), referente aos preços coletados entre os dias 8 de janeiro e 7 de fevereiro.


De um modo geral, os índices regionais confirmam o padrão de crescimento observado para a indústria nacional em 2007, com claro destaque para os locais com forte presença de setores produtores de bens de capital, bens de consumo duráveis e daqueles tipicamente exportadores (commodities). Na passagem de novembro para dezembro, série com ajuste sazonal, houve recuo em sete locais investigados.

Os resultados de dezembro confirmam o quadro positivo da produção industrial em nível regional ao longo de 2007. No fechamento do ano, acompanhando a expansão verificada na indústria nacional (6,0%), os quatorze locais pesquisados apontam acréscimo na produção, com cinco assinalando marcas acima da média nacional. Entre esses, o destaque, em termos de magnitude de crescimento, é Minas Gerais (8,6%), cuja expansão é sustentada, sobretudo, pelo dinamismo vindo da indústria automobilística e da boa performance do setor extrativo, apoiado nas vendas externas de minérios de ferro, seguido por Espírito Santo e Rio Grande do Sul (ambos com 7,5%), Paraná (6,7%) e São Paulo (6,2%). Nestes locais, confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2007, uma vez que na estrutura industrial desses estados há forte presença de segmentos produtores de bens de consumo duráveis, principalmente automóveis e eletrodomésticos, e de bens de capital, além de setores tipicamente exportadores, particularmente de commodities (minérios de ferro, petróleo, carnes de aves e açúcar). Na base dessa expansão se encontram os seguintes fatores: a demanda interna em crescimento (tanto pela manutenção das condições do crédito quanto pelo aumento da ocupação e da renda), a sustentação do quadro positivo para os investimentos, a manutenção de resultados positivos em setores tipicamente exportadores e a recuperação do setor agrícola.
Na análise trimestral, todos os locais assinalaram resultados positivos no confronto do último trimestre de 2007 frente a igual período de 2006, com destaque para Amazonas (12,4%) e Espírito Santo (12,2%), que sustentam taxas de dois dígitos, apoiados, sobretudo, na elevada produção de motocicletas, no primeiro local, e produtos siderúrgicos e petróleo no segundo.
No confronto dezembro 07/ dezembro 06, os índices regionais também foram positivos nos quatorze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (15,7%) e Amazonas (15,2%). Região Nordeste (9,6%), São Paulo (8,2%), Bahia (8,1%) e Minas Gerais (7,2%) completam o conjunto de locais que crescem acima da média nacional (6,4%). Os demais resultados foram: Pará (6,0%), Pernambuco (5,7%), Rio Grande do Sul (5,6%), Rio de Janeiro (3,8%), Goiás (2,7%), Paraná (2,3%), Santa Catarina (1,3%) e Ceará (1,1%).
Na passagem de novembro para dezembro, os índices ajustados sazonalmente mostram que sete locais registram taxas negativas, com Santa Catarina (-3,9%), Goiás (-2,7%) e Minas Gerais (-1,1%) apontando os recuos mais acentuados. São Paulo (-0,5%) fica próximo à média nacional (-0,6%). Entre as sete áreas que ampliaram a produção, os maiores ganhos ficam com Espírito Santo (2,7%), Pará (2,6%), Pernambuco (2,5%) e Amazonas (2,4%).
Ainda na série com ajuste sazonal, no confronto com o trimestre imediatamente anterior, a metade (7) dos locais pesquisados assinala ganho de ritmo entre o terceiro e quarto trimestres. Essa aceleração é particularmente acentuada no Rio de Janeiro, que passa de –2,6% no terceiro trimestre para 4,5% no quarto, seguido por Paraná (de –0,7% para 4,2%) e Ceará (de –2,0% para 2,4%).

Para ler o estudo completo, acesse a página do instituto na internet

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