sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Coluna do mestre Helio Fernandes


A questão dos "cartões corporativos" complicou muito.


Não há dúvida, a opinião pública demorou mas se ligou na questão. E agora exige providências esclarecedoras. Novamente ou como deve acontecer sempre no regime democrático, governo e oposição duelam no escuro, ninguém está tranqüilo. A oposição demorou, o governo acelerou e criou a CPI, muito mais à sua feição, que é o que faria a oposição.

Pontos polêmicos e controversos.

1 - A oposição investigaria apenas Lula e seu governo. A liderança no Senado investigará os últimos 10 anos, o que atingirá frontalmente FHC e seu governo. Este, indefensável.
2 - A batalha habitual para escolher o presidente e o relator dessa CPI.
3 - Os próprios senadores estão constrangidos.
Motivo: a "verba indenizatória" de 15 mil MENSAIS, sem nota fiscal ou comprovação.
4 - De qualquer maneira essa CPI não sai em fevereiro. Embora seja o assunto mais importante do momento.
É evidente que a campanha contra a permanência de Lupi no Ministério do Trabalho não tem nada a ver com a acumulação de cargos. Ele é ministro por ser presidente do PDT. Quem duvida?
Na verdade, querem acabar com os poucos direitos que restaram aos trabalhadores, como 13º salário e férias remuneradas.
Mas como essas restrições podem ocorrer no governo de um trabalhador? Não acredito que Lula aprove essa violência.
Aproveitando o carnaval, o secretário do Tesouro, Hugo Arno Augustin, publicou o total da "DÍVIDA" interna. Segundo seus números indiscutíveis (ele é um homem corretíssimo), fechou 2007 em 1 TRILHÃO, 526 BILHÕES.
Desse total, 1 TRILHÃO e 70 BILHÕES são títulos do Tesouro, em Poder dos bancos, muitos deles multinacionais.
Juros: 11,25. 4 vezes maior do que o dos EUA, e 23 vezes maior do que o Japão (0,50% ao ano), a segunda potência econômica.
O senhor José Temporão devia ser apresentador de televisão e não ministro da Saúde. Fala mais do que realiza, vive reclamando.

A relação das verbas utilizadas pelos ministérios prova o seguinte.

1 - A Saúde tinha 48 bilhões e 800 milhões.
2 - Passou para 52 bilhões e 100 milhões.
3 - Só aplicou 47 bilhões e 300 milhões.
4 - Portanto, reclama de quê? Só pode ser dele mesmo.

Além de exagero, significa um privilégio a criação de juizados especiais nos aeroportos, exclusivamente para ajudar os passageiros a serem ressarcidos pelos prejuízos sofridos com atrasos e cancelamentos de vôos.
Em vez de manter varas exclusivas em aeroportos, seria muito mais importante aumentar (com a maior urgência) o número de juizados especiais, que atendem a toda a população e estão cada vez mais sobrecarregados.
Não deixem de ler a coluna completa:

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