sábado, 2 de fevereiro de 2008

Companhia Docas de Santana


“Um navio cargueiro tira 1,5 mil carretas”

Declaração foi feita pelo engenheiro José Adeilton Barbosa Leite, pre-sidente da Companhia Docas de Santana, que assumiu o porto de enorme potencial mas que era subaproveitado quando pertencia às Docas do Pará. Hoje o porto é tratado como uma empresa, possui receita própria e passou por um minucioso estudo que projeta para o ano 2024 se transformar em uma valiosa ferramenta para o desenvolvimento do Estado do Amapá. O presidente das Docas de Santana recebeu o Diário do Amapá para uma entrevista esta semana e nela é possível entender os motivos para o otimismo deste paraibano com o futuro do município portuário de Santana e para o Amapá como um todo.
O presidente da Companhia Docas de Santana projeta para o ano de 2024 que o porto atinja um total de 30 milhões de toneladas, com a entrada do embarque de grãos como a soja produzida em estados como o Mato Grosso.


Diário do Amapá - Na última sexta-feira a gente viu uma cena até bem pouco tempo rara de se ver, com dois navios ao mesmo tempo atracados no Porto de Santana, sendo um cargueiro e um transatlântico. Como estamos nos preparando para essas novas demandas?
José Adeilton - Na realidade o Porto de Santana, desde o ano passado junto com a Lamazon Turismo e os órgãos de turismo do Estado do Amapá, tem buscado de alguma forma fazer com que os navios que passam para Manaus principalmente e se dirigem à bacia Amazônica, atraquem aqui e os turistas desçam nas cidades de Macapá e Santana e ve-nham conhecer as belezas naturais e os potenciais de nossas cidades.
Diário - Temos de fato condições de desenvolver essa atividade com mais freqüência ou ainda falta muito para que nos tornemos um destino importante para esse tipo de tu-rismo?
Adeilton - Essa é uma tarefa que não é muito fácil de conseguir. Estou há pouco mais de três anos no porto e nesse período só dois navios encostaram, um com turistas alemães e esse outro de sexta-feira com passageiros ingleses. Esse navio saiu de Southampton, dia 5 de janeiro, passando pela Ilha da Madeira, por Dacar, no Senegal, pela Ilha de Cabo Verde, na África, pela Venezuela, em Caiena, na Ilha do Diabo e daqui seguiu para Belém, Maceió, Salvador, Rio de Janeiro, onde fica no carnaval nos dias 4 e 5 de fevereiro, depois segue para Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai), passa pelas Ilhas Falkland (Malvinas), visitam a Antártida e encerra a viagem em Port Montt (Chile), no dia 24 de fevereiro.
Diário - Daí se observa o quanto de planejamento deve ser feito para se organizar uma viagem dessas, não é mesmo?
Adeilton - Para você conseguir que um navio desse dê uma entrada aqui em Santana e passe um dia no Amapá a dificuldade é muito grande. Com certeza nós ainda não temos instalações apropriadas para receber turistas, pois o nosso porto é de cargas, mas se a gente viabilizar essa demanda, ou seja, se navios atracarem aqui, com certeza nós teremos a infra-estrutura de um terminal de passageiros para receber esses turistas.
Para ler a entrevista completa, clique:

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