sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Mazagão Velho comemorou 238 anos


Distrito de Mazagão Velho foi habitado inicialmente por colonizadores portugueses em 1769


Quarta-feira, dia 23, foi comemorado o aniversário de 238 anos do distrito de Mazagão Velho, no município de Mazagão, no Amapá. Houve alvorada festiva, queima de fogos, rufar de tambores e tudo mais. A concentração foi em frente à Igreja de São Tiago, com missa campal e tudo mais.

História
Para aqueles, deste imenso Brasil, que não conhecem, vale a pena conhecer a verdadeira epopéia que foi a fundação daquela vila. O distrito de Mazagão Velho foi fundado por colonizadores portugueses a partir da transferência de famílias da cidade de Mazagão (Maz-Hagran), no Marrocos (hoje El Djadida), para o Brasil, por ordem do rei português D. José I, em 1769. Do total de famílias enviadas, 163 foram selecionadas para colonizar uma área às margens do Rio Mutuacá, onde foi fundada a atual Vila de Mazagão Velho. Entre os novos habitantes havia 103 escravos africanos, cujos descendentes, até hoje, sabem manter suas tradições. Uma coisa muito bacana.
Festa de São Tiago de Mazagão
Para saber um pouco sobre a "Festa de São Tiago" de Mazagão, confira a descrição do senador José Sarney no seu livro “AMAPÁ: A TERRA ONDE O BRASIL COMEÇA” (páginas 234 a 236):

“As festas tradicionais brasileiras tiveram, e têm, sua versão no Amapá. Desde as mais gerais, como o Natal do Menino Jesus, a Páscoa do Senhor, a Independência do Brasil, até às mais localizadas. Em Mazagão, tem hoje especial relevo o velho combate de Santiago Matamouros. Numa comunidade que tem origem na África muçulmana, nas terras dos mouros – a fortaleza de Mazagão era um posto avançado no combate contra os infiéis, para as bandas de Alcácer el Quibir, onde desapareceu el-rei d.Sebastião antes de vir ressurgir em lenda nessas suas terras do Brasil – é natural que a versão seja especialmente rica.
Na representação da batalha imaginária, inicia-se com a entrega de presentes envenenados aos cristãos. Desconfiados, estes deitam parte aos animais da mouraria. À noite, em baile de máscaras que os traiçoeiros oferecem – já comemorando antecipadamente sua vitória -, os cristãos, disfarçados, comparecem levando o resto da comida. Perdem os infiéis, nesta tragédia de enganos, seu rei Caldeira. É uma criança, o menino Caldeirinha, o novo rei mouro. Recomeça a luta. Mandam agora o Bobo Velho, que não é bobo mas espião. Os de Portugsal, que também não são bobos, apedrejam-no. E mandam seu espião, Atalaia. Heróico, Atalaia rouba o pavilhão do crescente, mas, pego, é decapitado.
A seguir Caldeirinha seqüestra e vende as crianças cristãs. Inicia-se finalmente a batalha feroz, num dia prolongado pela divindade para ver a derrota do povo infiel. E o baile do Vominê consagra e congraça a população de Mazagão”.
Para ler na íntegra o livro "Amapá: A Terra onde o Brasil começa", acesse:
Foto tirada do site: http://www.glosk.com/

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