quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Manchetes do Dia


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Senado decide investigar Edinho

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), começa hoje a investigar o senador Edison Lobão Filho (DEM-MA), que assumiu o cargo, na quarta-feira da semana passada, na vaga aberta com a nomeação de seu pai e titular do mandato, Edison Lobão (PMDB-MA), para o cargo de ministro de Minas e Energia. Tuma pedirá informações sobre as denúncias envolvendo o parlamentar ao Ministério Público (MP), Polícia Federal (PF), Receita Federal e à Polícia Civil do Maranhão.
Lobão Filho é suspeito de ser sócio oculto da distribuidora de bebida Itumar, substituta da distribuidora Bemar, cujas cotas o senador transferiu para a empregada doméstica de seu sócio. Tuma vai solicitar cópia da perícia feita no documento de repasse das cotas, cuja assinatura da empregada, segundo ele, "parece que foi forjada".


CPI investiga uso de cartão corporativo desde era FH

Certo de que a oposição conseguiria as assinaturas para uma CPI sobre as irregularidades no uso dos cartões corporativos por funcionários, o governo se antecipou e pediu uma comissão no Senado para investigar os gastos dos últimos 10 anos, o que inclui o período FH. A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu o sistema, por considerá-lo "rastreável". Dilma afirmou, ainda, que os saques em dinheiro foram proibidos e que as despesas nesse tipo de operação estão sendo reduzidas. Também defendeu a limitação na divulgação dos dados. (pág. 1 e País, pág. A3)


Governo retira cartões de ministros

Após escândalos envolvendo o uso irregular dos cartões corporativos, o governo anunciou ontem que os ministros de Estado não poderão usar mais esse mecanismo para pagar suas despesas. Outra medida anunciada foi a retirada do site "Portal da Transparência" dos gastos feitos pelo administrador que compra as refeições servidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo também poderá parar de divulgar as despesas feitas pelos seguranças que protegem a família de Lula. Em entrevista coletiva, os ministros Dilma Roussef (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social) e Jorge Armando Félix (Segurança Institucional) apoiaram a investigação parlamentar sobre os cartões. Falhas encontradas, disse Dilma, seriam individuais e cada um "sofrerá as conseqüências" de seus atos. (Página 1)


Brasil recua e tira 2 mil fazendas de lista da UE

O Brasil vai reduzir a lista de fazendas consideradas aptas para exportar carne para a União Européia. Do total de 2.681 propriedades incluídas na primeira relação, apenas 600 serão mantidas. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu que a lista inicial tinha falhas e informou que a nova relação será enviada a Bruxelas no dia 14. A primeira lista apresentada foi rejeitada pelos europeus, que suspenderam a compra de carne brasileira. Apesar da redução no número de fazendas credenciadas, o novo total ainda ficará bem acima do estabelecido pelas autoridades européias, que pediram uma lista com apenas 300 propriedades. Mesmo assim, Stephanes está otimista: "Acreditamos que, com toda a documentação em ordem, a União Européia aceitará a nova lista". Veterinários europeus serão autorizados a fazer inspeções de surpresa em fazendas brasileiras. Produtores nacionais protestaram contra a redução da lista. (págs. 1, B1 e B3)

O GLOBO

Governo já corre para controlar CPI do Cartão

Diante do escândalo dos gastos com cartões corporativos, o governo aceitou a criação de uma CPI sobre o tema, e já corre para tentar controlá-la. Com autorização do presidente Lula, os líderes governistas apresentaram requerimento para a criação de uma CPI só no Senado, propondo investigar os gastos desde 1998, em manobra tachada de golpe pela oposição. O governo vai restringir ainda mais a divulgação de gastos com a segurança de Lula e da família. "Quanto menor a transparência, maior a segurança", disse o general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional. (págs. 1, 3 a 8, editorial "A festa dos cartões" e Cartas dos Leitores)


Meganegócios testam poder do governo em ex-estatais

A proposta da Companhia Vale do Rio Doce pela anglo-suíça Xstrata, uma megaoperação que pode alcançar a cifra de US$ 100 bilhões entre capital e troca de ações, provocou mais que um desconforto no governo federal. As manifestações contrárias à aquisição vindas do Planalto reavivaram as discussões sobre a interferência do Estado na economia e colocaram à prova a instituição da chamada "golden share", ações com direitos especiais de veto que permitem aos seus detentores barrarem acordos que não atendam aos seus interesses. Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, fundador das Faculdades de Campinas (Facamp), "todos os países utilizam esta ferramenta, principalmente quando consideram a atividade de determinada empresa uma questão de segurança nacional". O governo norte-americano é um dos que mais usam seu poder de interferência, completa, como o que foi feito para impedir que um fundo de Dubai comprasse um porto nos Estados Unidos. "No caso da Vale, o subsolo é da nação brasileira e não pode deixar que ocorra o mesmo que ocorreu com a AmBev", diz.

Governo quer criar CPI para abafar CPI

A sorte está lançada: com o aval de Lula, e antecipando-se à oposição, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) protocolou o pedido de abertura de uma CPI para investigar os gastos do governo com cartões corporativos. A iniciativa, além de dar ao Planalto o possível controle sobre a CPI, propõe que a apuração inclua também o governo FHC. "É uma manobra para evitar investigação", irritou-se o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que reúne assinaturas para tentar criar uma CPI mista. Ontem, o Planalto anunciou que ministros não terão mais direito ao cartão corporativo. (págs. 1 a 4)

Contratos já garantem R$ 13 bi em saneamento

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) conseguiu destravar as operações de crédito destinadas a financiar projetos de saneamento básico de iniciativa do setor público e o país teve um volume recorde de recursos destinados a esta área em 2007. Os contratos assinados no ano passado com o governo federal garantiram a Estados, municípios ou diretamente a companhias públicas e privadas de água e esgoto R$ 13,88 bilhões em recursos novos, a serem desembolsados até 2010. Só em financiamentos foram contratados R$ 5,49 bilhões para expansão e melhoria das redes de saneamento em todo o país, maior montante desde 1995, pelo menos.

Lei Seca diminui mortes nas estradas no carnaval

No primeiro carnaval com a Lei Seca em vigor nas estradas federais, caiu o número de mortes em Minas Gerais. Do início da noite de sexta-feira até o fim da tarde de ontem, 45 pessoas morreram nas BRs e rodovias estaduais do estado, um número ainda alto, mas 22% menor do que os 57 mortos no período da folia no ano passado. O balanço final das polícias rodoviárias será divulgado hoje. Ontem, cinco acidentes na volta para casa de quem viajou no feriadão engrossaram as estatísticas. Pelo menos nove pessoas perderam a vida e 18 ficaram feridas. No mais grave deles, na BR-040, perto de Ewbank da Câmara, na Zona da Mata, o choque entre um SpaceFox, que bateu de frente na lateral de um Escort, matou os quatro ocupantes do segundo veículo. Na BR-262, entre as cidades de Florestal e Pará de Minas, na Região Central, um Santana, cujo condutor teria dormido ao volante, invadiu a contramão e bateu num Ford Mondeo. Os motoristas dos dois caros morreram e cinco passageiros do Santana ficaram gravemente feridos. (págs. 1, 21 e 22)


Macapá conquista o mundo

A Beija-Flor de Nilópolis conquistou o bicampeonato do carnaval do Rio de Janeiro com o enredo “Macapaba: Equinócio solar, viagens fantásticas ao meio do mundo”, prestando homenagem à Macapá, capital do Amapá, que completou 250 anos na segunda-feira (4). Ontem, conhecido o resultado da apuração, a nação azul e branco da Beija-Flor explodiu de alegria e cantou Macapá que assim conquistou de vez a simpatia do Brasil e do mundo que agora têm os olhos voltados para esta cidade primeira maravilha do país.

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