segunda-feira, 3 de março de 2008

Coluna do mestre Helio Fernandes


Se não for assassinado, Oviedo ganha de Chávez e Requião


SERÁ PRESIDENTE DO PARAGUAI


Dia 20 de abril a importante eleição para presidente do Paraguai. Não há segundo turno. Quem tiver mais votos no primeiro, é o presidente. Já lançados, dois candidatos. O ex-general Lino Oviedo, que já deveria ter sido eleito há muito.
Quando era candidato franco favorito, fizeram completa "armação" contra ele, acabou preso e condenado por ter denunciado o assassinato do presidente para assumir o vice.
Agora, indultado e libertado, o general (para o povo do Paraguai ele é sempre general) Oviedo imediatamente se lançou candidato, por exigência popular. Apesar de ainda não estar plenamente em campanha, Oviedo lidera as pesquisas.
A última pesquisa feita em 22 de fevereiro dá a Oviedo 38 por cento das intenções de voto. Surgiram logo contra ele acusações montadas pelos inimigos. Todas absurdas e falsas.
Até as pesquisas encomendadas e monitoradas pela CIA dão vantagem a Oviedo. Este saiu da prisão no finalzinho de 2007, conseguiu se livrar das perseguições da própria CIA.
O general Oviedo foi perseguido pela CIA de 1997 a 2007, por um só motivo: denunciou e combateu Juan Carlos Wasmosy, presidente corruptíssimo e por isso protegido por Bill Clinton e FHC.
Wasmosy foi o empreiteiro que liderou o consórcio paraguaio de engenharia que ganhou fortunas com as obras de construção da Hidrelétrica de Itaipu (binacional), um dos maiores escândalos que se conhece. Wasmosy era o parceiro (e apanhador das comissões) das empresas brasileiras Andrade Gutierrez, Mendes Jr., Camargo Corrêa, C.R. Almeida e Odebrecht, que formavam o que se chamou de "consórcio brasileiro", mas era apenas "consórcio da corrupção".
Depois, por influência e interferência de FHC, se transformou num dos maiores contribuintes da reeleição de Bill Clinton. Foi aí que os dois presidentes, Clinton-FHC, ficaram "amigos de infância". Por causa disso a CIA (e não apenas ela) perseguia terrivelmente Oviedo, que acabou fugido e depois preso. Ele mesmo se entregou.
Essa história é uma das mais sujas de todas as sujíssimas que já aconteceram no Paraguai. E que levaram à longa ditadura de Stroessner, só derrubado pelo general Rodrigues. Que era co-sogro de Stroessner, tinham um filho e uma filha casados. Por isso, o general Rodrigues continuou a ditadura, mas "arranjou" o bilionário Stroessner a conseguir asilo no Brasil.
Mas hoje quero mostrar apenas o panorama eleitoral. Com 38 por cento das intenções de voto, Oviedo tem como adversário o ex-bispo Fernando Lugo, que está com 30 por cento. Os grandes apoios do ex-bispo são o presidente Chávez e o governador do Paraná, Roberto Requião.
Com o objetivo de neutralizar esses apoios, o general Oviedo recorreu ao seu amigo (e biógrafo), jornalista brasileiro, Nonato Cruz. Em Madri, tiveram audiência com o rei Juan Carlos. Que prometeu ajudá-lo, garantindo recomendação aos grupos Santander e Telefônica, que estão se retirando da Venezuela, não agüentam mais o "clima chavista".
Entre este início de março e 20 de abril vão tentar de todas as maneiras prender novamente Oviedo, ou até assassiná-lo.

PS - Além de altamente popular, Oviedo terá duas vantagens adicionais. Chávez vai se empenhar pessoalmente.
PS 2 - Requião já designou como representante o secretário de "descomunicação" do seu governo. Certeza de vitória para Oviedo.
Para ler a coluna completa do Helio fernandes, acesse:

Um comentário:

  1. Adorei seu blog, volto mais vezes, aliás volto mil vezes. Meu blog é marthacorreaonline.blogspot.com

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