quarta-feira, 12 de março de 2008

TRIBUNA DOS LEITORES

Reação de Cristovam Buarque quando foi demitido por telefone

"Buarque falso"

Ele é Buarque mas não é o Chico. É apenas o Cristovam. Aquele que garante que foi aluno da Sorbonne, onde fez o doutorado de economia. Mas, quando andou passeando em Paris, a Sorbonne não existia mais. Ele é o campeão da ruindade: foi o pior reitor da UNB, o pior ministro da Educação e o pior governador de Brasília. O nome da peça rara, senador Cristovam Buarque. Aquele que fala pomposo, mas é enfadonho. É pretensioso, mas vazio.
Em novo artiguete no "Jornal de Brasília", com o tom de quem acha que descobriu a pólvora, Buarque fala das "lideranças do Senado". E tome embromação e arrogância. Descaradamente, cinicamente, levianamente, não cita os senadores José Sarney e Fernando Collor.
Ambos já fizeram mais pelo Brasil do que ele. Há quem ache que ser elogiado por Cristovam Buarque é azar na certa. Pior do que macumba. Acredito que Buarque não tem gabarito político nem intelectual para amarrar os cadarços dos sapatos de Sarney e Collor. É um humanista com vocação para humorista.

Vicente Limongi Netto é jornalista - Brasília (DF)

Meu comentário:

Limongi, que estréia esta seção, a TRIBUNA DOS LEITORES, tem toda razão. Leonel de Moura Brizola, o homem da resistência heróica à Ditadura, o nacionalista incorrigível que sempre acusou as perdas externas e o caráter dependente da economia brasileira, o apaixonado pela educação integral como único caminho para o progresso do povo, deve estar muito triste lá no Céu. As lideranças que vêm se destacando nacionalmente no PDT são, hoje, políticos originários não da própria legenda, mas oportunistas que desembarcaram no partido, distanciados das bases estaduais, sem compromissos com a história do trabalhismo e pouco preocupados com a moralidade que sempre permeou a atuação do partido. A começar pelo que foi candidato à Presidência da República nas últimas eleições, o insosso Cristovam Buarque, fã de carteirinha do globalizado Pedro “Wall Street” Malan, o homem da estabilização/recessão econômica, do superávit fiscal suicida, da política econômica absurda de submissão ao capital financeiro transnacional e coisas do gênero. Cristovam Buarque um oportunista que, caricatural e desrespeitosamente, tentou pegar carona na luta histórica de Brizola pela educação integral, mas que, pelo que não fez pela educação, como governador do DF e como ministro de Lula, acabou atolado nos seus míseros 1% de votos. Buarque é o homem que se considera, em termos morais, o “grilo falante” do Congresso, mas que não passa de um dissimulado, que se diz preocupado com a corrupção e incompetência petistas no atacado (depois de ter sido despedido, claro!), mas que sempre se manteve inexplicavelmente omisso com relação à verdadeira razzia perpetrada por FHC no varejo, com as privatizações financiadas pelo BNDES. Brizola deve estar se revirando no túmulo. Como dizem os gaúchos, deve estar “mais constrangido... que padre em puteiro” e “sofrendo mais... que joelho de freira na Semana Santa”.

Said Barbosa Dib

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