Conheci o poeta, escritor, professor de Literatura e amigo, Jarbas Junior Silva Motta, quando éramos professores no Curso e Colégio Objetivo. Eu dava aulas de História e ele de Literatura. Trabalhamos muito tempo alí nos Anos 90. Jarbas, mesmo com uma carga de aula maluca, nunca deixou a literatura. Tem sete bons livros publicados: “Perfeição Humana” (poemas 1982), “Os Dois Profetas” (romance 1 984), “Oferenda Azul” (haicais 1989), “Duidja” (poesias 1989), “Viagem ao Portal do Sol” ( romance 1997) e “Navio Português” (epopéia moderna 2004). É autor versátil e talentoso. Em 2006 lançou “A Jangada de Orson Welles”, pela editora Thesaurus. Romance interessante e original que narra a passagem do cineasta Orson Welles pelo Brasil na década de 40, durante a 2º Guerra Mundial. Nas filmagens do filme “Trampolim da Vitória”, resolve romper com o programa oficial da RKO, sua produtora, e inventa roteiro próprio, filmando os aspectos mais reveledores da realidade brasileira: o samba, o carnaval, o futebol, o sincretismo religioso, os tipos populares e folclóricos mais representativos na vida brasileira. Se interessa pela vida do intrépido jangadeiro cearense, tema que o leva ao Mucuripe, em Fortaleza, onde contrata uma jangada para a odisséia de velejar até o Rio de Janeiro. Nos preparativos da epopéia, conhece a poeta Cecília Novais, sua cicerone e intérprete; o sentido feminino (Penélope) desta saga é um tributo à alma de todas as mulheres fiéis ao sonho e ao amor, ao ideal da arte literária. Portanto, trata-se de um romance de avernturas e amores, e de personagens fascinantes: um notável diretor de cinema norte-americano, jangadeiros destemidos e uma poetisa talentosa. A narrativa também celebra a coragem, a vontade decidida daqueles que acreditam possível sempre, com a essência das coisas simples, realizar proezas sublimes.
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Orson Welies (1915 1985), cineasta de “Cidadão Kane”, talento genial dotado de grande criatividade e temperamento dinâmico, extremamente versátil. Dirigia, atuava, escrevia, criava para teatro, rádio, televisão, cinema; e ainda tinha tempo para se dedicar a novos roteiros e projetos surpreendentes. Na fase derradeira de sua vida, sempre intensa e produtiva, sofreu perseguições e, no anonimato, forçado, viajava pelo mundo, participando de campanhas em troca de dinheiro para financiar suas idéias. Em “The Deep”, de 1967, por exemplo, para rodar a história Weiles utilizou técnicos e equipamentos providenciados numa permuta com uma produção iugoslava da qual participava como ator. Sua luta quase quixotesca era contra adversários poderosos: a incompreensão e a mediocridade. Um exemplo de personalidade autêntica e independente, nunca foi pajem ou submisso diante do despotismo de Hollywood.
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