O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem que enviará ao Congresso um projeto de lei concedendo pensão especial aos jogadores da seleção brasileira de futebol que foram campeões mundiais (em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e que estiverem em dificuldades financeiras. "É um projeto para conceder aposentadoria a essas pessoas que são a cara do Brasil que vence, para que possam passar a viver mais dignamente", declarou Lula, em discurso na cerimônia no Palácio do Planalto que comemorou os 50 anos do primeiro título mundial do futebol brasileiro, diante de um grupo de jogadores daquela seleção da Copa de 1958. O presidente citou como um dos futuros beneficiários Moacir, reserva do time de 1958 e integrante do grupo que foi a Brasília para as comemorações. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, informou que o projeto está sendo elaborado em conjunto com o Ministério do Planejamento e estará pronto para ser encaminhado ao Congresso em 30 dias. Explicou também que será fixado um teto para a pensão especial, ainda não definido. Lula ainda sugeriu a criação de um fundo para a aposentadoria dos jogadores de futebol com parte das rendas dos jogos, apesar de haver afirmado que "os jogadores de futebol, hoje, ganham mais por mês do que os da seleção de 58 ganharam a vida inteira". "Hoje, o sonho de um jovem jogador não é ir para a seleção e sim, para um time na Europa, porque assim ele chega à seleção muito mais facilmente", disse o presidente. Sem ser explícito, Lula criticou os últimos jogos da seleção brasileira, que empatou com a Argentina e perdeu para Venezuela e Paraguai. "Uma nação não vai para a frente se não houver patriotismo. Tem que ter garra para garantir a vitória e, lamentavelmente, não estamos mais nesse momento", afirmou. Ele não mencionou Dunga, mas disse que os treinadores da seleção têm de consultar técnicos com experiência em Mundiais. "Quem entende mais de Copa do Mundo do que Zagallo?", indagou. Bem-humorado na solenidade, Lula revelou que a última vez em que bebeu "exageradamente" foi na derrota do Brasil para a Holanda na Copa do Mundo de 1974. Bebeu conhaques Domecq e Palhinha na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, onde assistiu ao jogo.
"Entrou a desgramada da Laranja Mecânica (como era chamada a seleção holandesa de 1974) e acabou com a gente. Era para beber de alegria, mas perdemos e todo mundo ficou dando palpite, se achando o técnico da seleção", lembrou. Lula voltou a criticar a imprensa ao comentar o rebaixamento do Corinthians, seu time de coração, para a série B do Campeonato Brasileiro. "Foi uma atitude de grandeza do Corinthians ir para segunda divisão. Vamos mostrar as coisas boas, porque coisa ruim todo dia a imprensa mostra", declarou. E encerrou seu discurso dizendo-se feliz por estar na companhia de vários jogadores da seleção de 1958. "Se eu tivesse um piripaque e morresse amanhã, morreria mais feliz", concluiu o presidente. Junto com o grupo de jogadores do grupo campeão mundial em 58, o presidente Lula inaugurou, em seguida, no térreo do Palácio do Planalto, uma exposição comemorativa do cinqüentenário da conquista do primeiro dos cinco títulos do Brasil na história da Copa do Mundo.
"Entrou a desgramada da Laranja Mecânica (como era chamada a seleção holandesa de 1974) e acabou com a gente. Era para beber de alegria, mas perdemos e todo mundo ficou dando palpite, se achando o técnico da seleção", lembrou. Lula voltou a criticar a imprensa ao comentar o rebaixamento do Corinthians, seu time de coração, para a série B do Campeonato Brasileiro. "Foi uma atitude de grandeza do Corinthians ir para segunda divisão. Vamos mostrar as coisas boas, porque coisa ruim todo dia a imprensa mostra", declarou. E encerrou seu discurso dizendo-se feliz por estar na companhia de vários jogadores da seleção de 1958. "Se eu tivesse um piripaque e morresse amanhã, morreria mais feliz", concluiu o presidente. Junto com o grupo de jogadores do grupo campeão mundial em 58, o presidente Lula inaugurou, em seguida, no térreo do Palácio do Planalto, uma exposição comemorativa do cinqüentenário da conquista do primeiro dos cinco títulos do Brasil na história da Copa do Mundo.
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