Dados censurados no Ipea
Edna Simão
Da equipe do Correio
Na semana em que o Banco Central e os analistas financeiros divulgaram estimativas de inflação próxima a 6%, o ministro da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, determinou que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) deixasse de divulgar as projeções trimestrais de inflação. Ontem, o coordenador do Grupo de Análises e Previsões (GAP) do Ipea, Miguel Bruno, tentou minimizar o fato dizendo que agora o órgão vai se dedicar mais à política de desenvolvimento de longo prazo. Segundo ele, o Ipea não é uma instituição financeira e, por isso, precisa se dedicar a análises de conjuntura, sem ficar preso em projeções de curto prazo. Miguel Bruno explicou ainda que o órgão poderá divulgar revisão das estimativas de inflação quando considerar necessário. A idéia, no entanto, é que a apresentação dos números seja anual. “Podemos fazer notas técnicas e colocar previsões. A Carta de Conjuntura não foi empobrecida”, informou o coordenador do GAP. (...)
Na Manchete principal, o jornal mostra mais um absurdo contra um ser humano indefeso. Espero que as ONGs internacionais e seus apátridas locais não venham tirar proveito político de uma coisa dessas...
Índia xavante a morte após estupro
Adolescente de 16 anos sofreu um grave abuso sexual quando estava na Casa de Apoio à Saúde Indígena do DF, localizada no Gama. O ataque causou o rompimento de órgãos internos e custou a vida da jovem
Guilherme Goulart
Da equipe do Correio
Onze anos após o assassinato do pataxó Galdino Jesus dos Santos, o Distrito Federal volta a chocar o país com um caso de violência contra o povo indígena. O ataque desta vez ocorreu contra uma adolescente de 16 anos. A menina Jaiya Pewewiio Tfiruipi Xavante não resistiu aos ferimentos provocados pelos abusos sexuais sofridos na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) do Distrito Federal, localizada próximo ao Gama e às margens da BR-060. A Polícia Civil do DF abriu inquérito, mas até o fim da noite de ontem não havia informações sobre o responsável pela barbárie. A Polícia Federal também deve assumir hoje parte da investigação (leia matéria na página 25). A vítima morreu em decorrência de infecção generalizada por volta das 12h de quarta-feira, durante cirurgia no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Exame feito pelo médico legista do Instituto de Medicina Legal (IML) Manuel Modeli detalhou a violência à qual a índia foi submetida. Ela teve os órgãos genitais perfurados por objeto contundente de cerca de 40cm, o que provocou rompimento no estômago, baço e diafragma. “O laudo também revelou sinais de estupro. Foi uma violência sexual atípica”, disse o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Antônio Romeiro. Além da agressividade, o crime chamou a atenção dos investigadores pela covardia. Jaiya media 1,35m e pesava 33kg. Também tinha problemas neurológicos e motores — dependia de cadeira de rodas para se locomover e de ajuda para, inclusive, ir ao banheiro. O quadro clínico é decorrente de uma meningite contraída na infância. A adolescente, xavante da aldeia São Pedro, no município matogrossense de Campinápolis (veja mapa), estava no DF acompanhada da mãe, Carmelita, da tia Maria Imaculada Xavante e de uma irmã mais velha para tratar da grave lesão neurológica no Hospital Sarah Kubitschek. As índias faziam o trajeto Gama-Plano Piloto desde 28 de maio, quando se hospedaram na Casai. A estrutura, mantida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), serve como abrigo aos indígenas em tratamento hospitalar no DF pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, estavam sob a responsabilidade do governo federal no momento em que Jaiya sofreu o ataque sexual. (...)
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