sexta-feira, 20 de junho de 2008

Arrecadação federal sobe R$27,5 bi somente este ano


Segundo Receita, recolhimento de tributos cresceu 11%, totalizando R$271,9 bilhões no período de janeiro a maio

A arrecadação dos impostos e contribuições, recolhidos pela Receita Federal do Brasil (RFB), atingiu R$50,431 bilhões em maio e R$271,925 bilhões de janeiro a maio deste ano. De acordo com dados da RFB, o crescimento nos primeiros cinco meses de 2008 foi 11% maior que o registrado no mesmo período de 2007 – representando um incremento da ordem de R$27,5 bilhões. Nessa expansão, já está descontada a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o índice oficial de medição da inflação. Entre os impostos que apresentaram maior arrecadação, está o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 150,18% no período de janeiro a maio deste ano. Esse aumento é devido, principalmente, às mudanças na cobrança da alíquota do tributo. Já a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) cresceu 22,14% e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), 21,98%.
De acordo com a Receita, o resultado nos cinco primeiros meses do ano se deve ao crescimento de 15% no volume geral de vendas, sendo que, isoladamente, a venda de veículos no mercado interno teve aumento de 24,7%. Outro fator foram os 7% de crescimento da produção industrial nos últimos 12 meses e de 7,3% no período de janeiro a abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A Receita destaca ainda o aumento de 46,82% no valor, em dólar, das importações no período avaliado em relação aos cinco primeiros meses de 2007. Foi registrado também aumento de 14,37% na massa salarial dos trabalhadores de dezembro do ano passado a abril de 2008, no comparativo com o intervalo que vai de dezembro de 2006 a abril de 2007. (AE)
Enquanto isto:
Diante desta discussão tola, nunca é demais lembrar que a manutenção do “superávit primário” e da DRU – Desvinculação das Receitas da União –, como parte estrutural da política econômica suicida atual, fazem com que haja a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 TRILHÃO em dezembro de 2007 (tendo crescido 40% em apenas 2 anos). Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações destas dívidas interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada "rolagem" da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 bilhões com a saúde. Desde a posse em 2003, Lula destinou mais de R$ 851 bilhões somente para o pagamento de juros nominais da dívida pública consolidada (interna e externa). O desvio de verbas é inconstitucional. No entanto, por medidas provisórias e na Lei Orçamentária, a Administração espertalhona do empregado da Fundação Ford (desde a década de 60), o sr.FHC, obteve a desvinculação das receitas da União (DRU), como mecanismo para se garantir a manutenção dos superávites fiscais exigidos pelo FMI. As contribuições foram aumentadas, não para servir a suas finalidades, mas a fim de arranjar recursos para pagar R$ 300 bi de juros da dívida pública. O tão propalado déficit da Previdência, por exemplo, nunca existiu. O que há é apenas o desvio do dinheiro da Previdência para pagar juros aos banqueiros (Segundo a ANFIP, a Previdência, sem a "desvinculação", tem, na verdade, superávit de mais de R$30 bilhões). O mesmo houve com a CPMF, criada para atender à saúde, MAS QUE SEMPRE SERVIU PARA O MESMO FIM ABSURDO: PAGAMENTO DE JUROS DA DÍVIDA.

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