quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dor Lombar...É esta coisa que está me atrapalhando de trabalhar neste Blog...

Saúde

A melhor forma de combater dor lombar é a prevenção


Segundo a Organização Mundial da Saúde, 50% a 75% da população mundial terá, em algum momento da vida, um episódio de dor lombar. A lombar é uma das regiões da coluna vertebral, que é dividida ainda em cervical e torácica (dorsal). As dores lombares são a segunda causa de procura por cuidados médicos no Brasil, perdendo apenas para as infecções respiratórias agudas. Os problemas lombares são mais comuns em pessoas na faixa etária de 45 a 65 anos. Porém, o número de jovens que procuram por ajuda médica e fisioterapêutica vem crescendo de forma significativa.

As dores lombares podem ser enquadradas em três categorias de acordo com os aspectos clínicos correlacionados. Essas categorias são lombalgia não-específica, dor radicular e patologia séria.

As patologias sérias (tumor, por exemplo) que acometem a coluna lombar têm como características as dores constantes, com início progressivo, que não se alteram (pioram ou melhoram) com o movimento, sendo mais comum no período noturno e acontecendo mesmo ao repouso. Perda significativa de peso em um tempo curto, pode indicar patologia séria relacionada a dor lombar. Felizmente, as patologias sérias da coluna vertebral correspondem à 1% de todas as dores lombares.

A categoria envolvendo dor radicular está relacionadas com pinçamentos de nervos que estão localizados entre as vértebras da coluna. Normalmente, envolvem hérnias de disco ou desgastes significativos das vértebras que faz com que um ou mais nervos sejam comprimidos. Os sinais e sintomas dessa categoria estão relacionados com dor aguda, intensa e severa, que se modifica com o movimento ou posição do corpo, que irradia para os membros inferiores. Pode haver ainda sensação de dormência ou formigamento e “falha” muscular que pode levar o paciente a ter dificuldades na caminhada. As dores radiculares representam 5% das dores relacionadas as dores lombares.

A categoria denominada lombalgia não-específica é a mais comum de todas, representando 94% das dores lombares. As dores em pacientes dessa categoria são caracterizadas por serem mal localizadas, que pioram ou melhoram com o movimento ou determinadas posturas e podem melhorar espontaneamente em muitos casos em até 3 semanas. São dores que podem ter origem decorrente de hábitos posturais errados, movimentos bruscos com o corpo (quando se pega um peso no chão, por exemplo), prática errada ou mal orientada de atividades físicas, etc.

A avaliação médica e fisioterapêutica são fundamentais para o tratamento correto. O médico deve diagnosticar a patologia de base (hérnia de disco, espondilolistese, artrose, etc) e enquadrar o paciente em uma das categorias citadas. O fisioterapeuta é responsável pela avaliação cinesiológica-funcional, ou seja, por descobrir quais alterações no corpo podem estar contribuindo para o quadro. Por exemplo, a diferença no comprimento dos membros inferiores pode gerar um desnivelamento da bacia que terá que ser compensada pela coluna lombar quando a pessoa está em pé. Com o tempo, essa compensação poderá resultar em dor lombar. Portanto, o tratamento, na maior parte das vezes, não passa pelo tratamento local ou uso de medicação somente, mas por correção do fator causal.

A melhor forma de combater dor lombar é a prevenção. Se você acredita que tenha hábitos posturais errados, sente desconforto lombar ou tem histórico na família de problemas na coluna, procure um médico ortopedista e em seguida um fisioterapeuta para tentar evitar que o problema apareça e contribua para perda da qualidade de vida. Se você já sofre com dor lombar, procure tratamento especializado, pois na maior parte das vezes esse problema tem solução somente com tratamento conservador, sem necessidade de intervenção cirúrgica.

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