A crise desencadeada pela morte do porta-voz internacional das Farc, Raúl Reyes (foto ao lado), em uma operação militar colombiana em território equatoriano, gerou uma crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela.
O governo vassalo de Washington na Colômbia anunciou dia 1 que o terrorista Raul Reyes, do Secretariado das FARC-EP, foi morto em combate. Com ele, foram abatidos outros membros das FARC num acampamento ao Sul do Rio Putumayo, próximo à fronteira com o Equador. Teriam sido vitimados por bombardeios efetuados sábado, às 12h25 locais, pela Força Aérea Colombiana.
CHAVES: "OS REVOLUCIONÁRIOS NÃO CELEBRAM MORTES"
Confiram as reações de outros líderes
Cuba
O líder cubano, Fidel Castro, claro!, culpou os Estados Unidos por uma eventual guerra entre a Colômbia, Venezuela e Equador em função da operação em que morreu o número dois da guerrilha das Farc, segundo um novo artigo publicado nesta segunda-feira pela imprensa oficial cubana. "Ouvimos com força no sul de nosso continente as trombetas da guerra em conseqüência dos planos genocidas do imperío ianque. Nada é novo! Estava previsto!", afirmou Fidel.
Chile
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, expressou nesta segunda-feira seu desacordo com a incursão do Exército colombiano em território equatoriano durante uma operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Não podemos estar de acordo em que não se respeitem as fronteiras, e lamentamos que o Equador tenha se sentido agredido", manifestou Bachelet.
Peru
O governo do Peru vê com enorme preocupação a tensão entre Colômbia, Venezuela e Equador após a morte de um rebelde colombiano em território equatoriano e pediu que o assunto seja resolvido com seriedade, disse o governo nesta segunda-feira. 'Com enorme preocupação estamos vendo esta região da América do Sul agora convulsionada por esses acontecimentos. Fazemos votos para que o tema seja visto com a maior seriedade', disse o primeiro-ministro peruano, Jorge del Castillo, à rádio local RPP.
França
A morte do "número dois" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), "Raúl Reyes", em uma operação colombiana "não é uma boa notícia", segundo o ministro de Exteriores francês, Bernard Kouchner. Segundo Kouchner, é preciso "redobrar os esforços" pela libertação dos reféns da guerrilha, em primeiro lugar em prol da franco-colombiana Ingrid Betancourt. "Não é uma boa notícia" que Reyes, "o homem com o qual falávamos e tínhamos contatos, tenha sido morto", afirmou hoje o chefe da diplomacia francesa à emissora "France Inter".
Alemanha
Governo alemão recomendou hoje "prudência" a todas as partes envolvidas na crise gerada após a ação militar colombiana contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano, que custou a vida do "número dois" da organização, "Raúl Reyes". "Temos a esperança de que todas as partes se comportem com a devida prudência para evitar que a crise se agrave", disse o porta-voz do Ministério de Exteriores alemão, Martin Jäger, em Berlim.
Leia mais sobre o assunto:
Entenda a crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela
Venezuela e Equador enviam tropas para fronteira da Colômbia
Colômbia acusa o Equador de "convivência" com as Farc
Equador chama de mentira a acusação colombiana de ligação com as Farc
Chávez manda fechar embaixada em Bogotá e faz acusações a Uribe
Colômbia pede desculpas ao Equador por incursão de helicópteros
Governo do Equador retira seu embaixador na Colômbia
Governo colombiano reforça segurança, mas duvida de reação das Farc
Guerrilheiros mortos não estavam no Equador, diz revista das Farc
Leia Também:
"Uribe: não semeies outro Israel na América do Sul" , por Matilde Sosa, 03/Mar
A última entrevista do Comandante Raúl Reyes , por Aníbal Garzón & Ingrid Storgen, 01/Mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário