Outra suspeita contra comprador: falsificação
O fundo americano Matlin Patterson, que participou da compra da Varig e VarigLog em 2006, e o escritório do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são alvos de mais uma suspeita no episódio. Depois das acusações de uso de sócios brasileiros como "laranjas" para possibilitar a compra e de interferência da Casa Civil para derrubar as possíveis barreiras, agora a suspeita é de falsificação de documento. Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, o fundo e o escritório de Teixeira teriam falsificado a ata de uma assembléia da VarigLog em abril deste ano. A assembléia, que decidiu a destituição dos sócios brasileiros do negócio, tem ata assinada pelo vice-presidente da Fundação Ruben Berta, João Luis Bernes de Sousa, além da advogada Larissa Teixeira (filha de Roberto) e um executivo do Matlin. Bernes de Sousa, contudo, afirma que não aprovou a destituição dos conselheiros ou a eleição de novos ocupantes das cadeiras. Ex-presidente da VarigLog, ele diz que foi à sede da empresa pela última vez no dia 4 - a reunião ocorreu no dia 8, quatro dias depois. Falsificação de documento é crime de falsidade ideológica, com pena prevista de um a cinco anos de prisão. O Matlin Patterson e o escritório de Teixeira negaram a falsificação.
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Falso Moralismo e Promiscuidade
Manoel Marques Cardoso*
Gostaria que o leitor pensasse na seguinte situação: O presidente Lula é amigo e hospedeiro do compadre Roberto Teixeira, que tem livre trânsito no palácio do planalto, e, por conseguinte, estreitas relações com a poderosa ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, ninho do qual foi ejetado, o não menos truculento, José Dirceu. O conhecido como laranja Marco Antonio Audi, sócio da VarigLog, disse textualmente que pagou Cinco Milhões de dólares ao senhor Roberto Teixeira para a viabilização do negócio da Varig, que se encontrava em situação falimentar, portanto, mercê do que der e vier.A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, nomeada pelo companheiro José Dirceu, portanto da patota petista de primeira linha, foi pressionada pela ministra Dilma Rousseff para afrouxar as exigências quanto a ilegalidade, de que o capital estrangeiro não podia ultrapassar 20% e a diretora da Anac sabia que os compradores brasileiros não tinham cacife para pagar o montante exigido para atingir os 80% de capital nacional. Numa reunião do dia 23 de junho 2006 as pendências foram resolvidas, com Denise Abreu limpando o caminho em atenção aos interesses do planalto, na ante sala estava a advogada, Valeska Teixeira, filha de Roberto Teixeira e afilhada do presidente Lula.Pense num bom negócio, agora imagine o seguinte:A Varig foi vendida por 24 milhões de dólares em junho de 2006 e os honorários pagos à Roberto Teixeira foram da ordem de 5 milhões de dólares, segundo o Marco Antonio Audi, ou seja, alguma coisa próxima de 20% sobre do total da negociação.Se o que o Sr. Marco Antonio diz for verdadeiro, o Sr. Roberto Teixeira foi de uma precisão cirúrgica no percentual, não deu nenhum descontinho e o pagador também não deu nenhuma choradinha, ou na melhor das hipóteses, os honorários podiam ter sido muito maiores.Com a mesma desenvoltura com que ajudou Lula com casa sem aluguel por 9 anos, comprou o carro para facilitar a compra da cobertura de São Bernardo, ajudou a Varig a ser vendida dez meses depois pela bagatela de 275 milhões de dólares para a Gol, que no frigir dos ovos acabou chegando a cifra de 320 milhões de dólares. Uma valorização de 1333 % em dez meses, ou seja, 133 % ao mês, negocio como este não aparece para nós, simples mortais.Como diz Elio Gaspari, nem cocaína valoriza tanto ao trocar de mãos em tão pouco tempo.Pode ser que a primeira compradora tenha feito algum investimento, vamos esperar pra ver.A mesma Varig com passivo e tudo recebeu proposta da TAM para comprá-la por 738 milhões de dólares, ou seja, foi vendida na segunda mão, por 418 milhões de dólares a menos, negocio mais do que da China, de pai para filho ou de compadre pra comadre. Você faria isso?Por sorte, o Sr. Lula e a sua candidata Dilma Rousseff, não ficaram sabendo de nada, imagine se soubessem de uma negociação tão lucrativa, talvez pudessem participar dela. A compradora final da Varig, a Gol, pertence ao ilustre Nenê Constantino, fotografado com o filho, no palácio do planalto, acompanhado pelo advogado viabilizador do negócio, Roberto Teixeira, conduzindo os compradores até Lula, foi o mesmo cidadão que deu um cheque de 2.2 milhões de reais para o ex senador Joaquim Roriz que comprou uma bezerra com a grana.O Sr. Roberto Teixeira deve ser extremamente discreto em não comentar o quanto recebeu pela viabilização do negócio, enquanto Lula e Dilma devem ter ficado chupando os dedos.Surge agora um negocião, proibido por lei, mas que Lula está fazendo de tudo para torná-lo legal, que é a fusão da Brasil/Telecom com a Oi/Telemar, tornando essa fusão na maior empresa de telefonia do Brasil. No arrasto dessa fusão está o Lulinha, que tem sociedade com uma das empresas citadas.Quem perde são os brasileiros, que terão uma brutal redução na concorrência no setor de telefonia, com um agravante, por ordem de Lula, o BNDES, por meio do Banespar, dará suporte à negociação resultante em 5.5 milhões de reais, cujo dinheiro seria muito mais útil e necessário para a sociedade brasileira, especialmente aos apadrinhados de Lula, que poderiam sair do Bolsa Família e migrar para o emprego gerado com tanto dinheiro, tanto na industria como na precária e deficiente saúde oferecida aos brasileiros, mostrados pela TV Record numa série vergonhosa de abandono e desrespeito aos doentes que não têm outra saída além das intermináveis filas dos hospitais públicos. Quem sabe o amigão de Lula, Roberto Teixeira trate também dessa fusão, ficando, neste caso, tudo em casa. Dou um doce a quem adivinhar porque Lula tem tanto empenho em enfiar Dilma Rousseff goela abaixo dos brasileiros.
*Economista empresário
manoelmarquescardoso@hotmail.com
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