quarta-feira, 11 de junho de 2008

Coluna do Helio Fernandes

O Brasil tem que ser DEMOCRACIA REPRESENTATIVA com:

Voto distrital, fim da "coincidência" e do suplente


Muitos me dizem (e mandam correio eletrônico), telefonam, abertamente: "Você está exagerando, Helio, não podem existir 13 pré-candidatos a prefeito do Rio". Pré-candidatos não são 13 e sim muito mais, até 20. E a razão está na falta de reforma partidária, política e eleitoral.
Preparei uma relação com 10 itens que precisam ser imediatamente reformados ou reformulados, para que a representatividade seja mais verdadeira. Assim como está, o eleitor não sabe escolher, o eleito nem liga para quem o escolheu.
Um dos principais itens, e no qual ninguém fala porque não interessa ou nem percebem, é a COINCIDÊNCIA de mandatos. Com essa COINCIDÊNCIA que está aí, uma parte importante de novas lideranças, no Brasil todo, fica aprisionada pela falta de oportunidade ou intranqüilidade com a possibilidade de ficar sem mandato.
Existem exemplos em todos os estados, hoje vou citar apenas alguns. Ciro Gomes é pré-candidato a presidente, embora sua legenda (PSB) jamais tenha feito um presidente em toda a História, ou desde 1945/50, quando foi fundado. Se perder, ficará 4 anos sem mandato, a não ser que se candidate a prefeito ou vereador em Fotaleza.
Isso já aconteceu com Suplicy em 1994/96. Perdeu para governador, 2 anos depois se elegeu vereador, era o que havia. Em 1994, Mercadante foi vice de Lula, perdeu, teve que ficar sem mandato até 1998, quando voltou à Câmara. Depois, ao Senado.
Em Minas, o caso mais relevante e elucidativo é o de Itamar Franco. Prefeito, várias vezes senador, governador, vice e depois presidente, não lhe deram legenda para o Senado em 2006. Não tem outra eleição a não ser disputar a municipal. Mas não quer, nem admite.
Aqui no Rio e Estado do Rio. Jandira Feghali, com vários mandatos de deputada federal, resolveu disputar a única vaga para o Senado em 2006. Teve grande votação, mas perdeu, agora pode ser prefeita. Chico Alencar vem de duas eleições para federal, com ótima votação. Tem que ser candidato a prefeito. Se disputar para governador e perder, fica 4 anos sem mandato.
E a imprescindível e obrigatória r-e-n-o-v-a-ç-ã-o, como fica?
Não posso tratar de todos os itens, mas dois são imprescindíveis e urgentes. O VOTO DISTRITAL e o fim do execrado suplente, que cada vez se reproduz em maior quantidade. Como é que numa democracia alguém pode ser representante do povo sem voto? É uma excrescência. Há anos trato disso, o presidente da OAB Nacional fez muito bem em participar da luta.
O VOTO DISTRITAL existe nos mais diversos países. Nos Estados Unidos, esse voto distrital vem desde 1788, a única Constituição que eles têm. Exercem o mandato de 2 anos em Washington, e seus distritos ficam às vezes a 7 ou 8 horas de distância.
Todos os grandes problemas do Brasil têm início na falta de autenticidade dos representantes. E isso só pode melhorar com o VOTO DISTRITAL. Na Inglaterra, se o cidadão não pertencer à Câmara dos Comuns, eleito pelo voto distrital, não pode ser primeiro-ministro. AUTENTICIDADE tem que ser a palavra de ordem. E as CÚPULAS concordarão com as reformas que vão atingi-las?
PS - Até mesmo o econômico e vitória do ganho financeiro sobre os lucros verdadeiros da produção e do investimento são alterados para pior pela falta de autenticidade da representatividade, cada vez mais frágil.
PS 2 - Nos próximos dias, publicarei as 10 modificações políticas e eleitorais, imprescindíveis para transformar o Brasil numa DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. Modificações que jamais serão feitas.


Fernando Pimentel






Sozinho foi prefeito eleito e reeeleito de BH. Fez um grande acordo para o PT-PT. Mas a cúpula de Brasília quer vetar.
Trecho de um editorial da "Folha", que deveria sair isolado e destacado, na Primeira: "Uribe, presidente da Colômbia, é agora acusado de ter COMPRADO VOTOS, para aprovar a emenda constitucional que lhe POSSIBILITOU o segundo mandato". O jornal poderia lembrar (ou relembrar?) onde isso já aconteceu. O trecho termina com Uribe dizendo que apenas uma "hecatombe" poderia levá-lo a postular mais uma reeleição. Ha! Ha! Ha!
O Brasil conhece muito bem essa "história" de comprar votos para conseguir o segundo mandato. Felizmente, o mesmo personagem não conseguiu o TERCEIRO MANDATO. Uribe quer o que FHC, Menem e Fujimori não conseguiram.
Dona Denise Abreu perdeu toda credibilidade ao não impedir a DOAÇÃO da Varig à Varilog. Puxa, que vitória teria obtido.
Ao contrário, ficou calada, agora "denunciou para negociar". Isso o governo faz melhor do que ela. Uma certeza: Dona Denise é apenas marionete, quem está puxando os cordões nos bastidores? E por que 2 anos depois?
O empresário (?) sueco-inglês, dono da madeireira Gethal, foi multado em 450 milhões. Nem se afobou. O proprietário, Joham Eliasch, garante: "Existem duas soluções, que não me atingem".
1 - O processo vai andar tão devagar, que quando chegar a hora de pagar já terá ganho 100 vezes isso.
2 - Nunca chegará tão perto de pagar, nem 10 por cento do anunciado.
O prefeito César Maia não fala mais na "cidade da música", a construção mais cara do seu governo. Dizia: "Será a minha consagração, serei lembrado para sempre por ter realizado isso".
Como a repercussão popular foi nula, o alcaide-factóide-debilóide abandonou o assunto, só trata da Olimpíada de 2016. Onde ele estará mesmo nessa época? No Senado, eleito em 2010?
Sérgio Cabral pode ser amigo de Lula, mas é o mais fiel seguidor de FHC. Principalmente ratificando o que o ex-presidente explicou, "esqueçam o que falei ou escrevi".
Massacrado pela própria indecisão, perdeu "o pé" até mesmo no PMDB. Ontem elogiou todos os candidatos, até mesmo o ex-bispo Crivela. Na semana passada publicamente garantiu: "Voto em qualquer um, menos no Crivela".
Agora se "desamarra" da realidade, se joga aos pés de todos. Menos Gabeira ou Chico Alencar, "esqueceu". Molon, que só fazia atacá-lo, recebeu palavras amigáveis, mas perdeu a indicação. Darei um tempo, voltarei a tratar dessa disputa pela sucessão de Maia.
No Amazonas continua, nos bastidores, a "batalha do dossiê". Até agora o mais forte é o que acumula denúncias contra o governador Eduardo Braga. A ponto dele desistir de ser senador em 2010.
Mantidas as candidaturas de Alfredo Nascimento a governador e Serafim Corrêa a prefeito. Se não for presidenciável para 2010, melhora muito a posição de Artur Virgilio para a reeleição. Gilberto Miranda, fulgurante.
Não importa que as denúncias diversas contra Dona Dilma tenham ou não tenham base ou provas. O conclusivo: a oposição considera que a "candidatura a combater, na base, é unicamente a dela".
Lula está preocupadíssimo com o "bolsa-família", principal instrumento social, vá lá, do seu governo. Quer reajustá-lo. Mas está com receio que esse aumento no Poder de compra favoreça a inflação.
A série de televisão "Sex and the city" foi transformada em filme. Na televisão fez sucesso, era frágil e fácil de suportar aquelas 4 mulheres, péssimos exemplos. A crítica arrasou, os cinemas estão vazios.
Marcia Peltier publicou: "Carlos Alberto Parreira não quer ser treinador, prefere mais alto, fora do campo". Adoraria ser presidente da CBF, mas como conseguir tirar Ricardo Teixeira do cargo?
Existem na Justiça mais de 10 mil ações contra a privatização da Vale, e a forma como foi DOADA, desfalcando e prejudicando o patrimônio nacional. Só de advogados a Vale gasta fortunas. E mais: processa quem se coloca contra a operação que DOOU a grande empresa.
O advogado Eloá dos Santos Cruz entrou com AÇÃO POPULAR para declarar nula a PRIVATIZAÇÃO da empresa. Imediatamente a Vale entrou com processo contra o advogado. Está com representação contra ele no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB. E não parou por aí.
A Vale queria tirar da internet o "blog MUÇUNGÃO", e ainda pedindo reparações por danos morais. A juíza Marisa Simões Mattos negou o pedido de liminar para censurar o blog do advogado Eloá Cruz.
Ontem, na 31ª Vara Cível do Rio, houve audiência de instrução e julgamento desse processo. Apesar de ter grandes advogados e formidáveis escritórios a seu serviço, a Vale não foi defendida.
A advogada formada recentemente, muito jovem, pediu 15 dias para analisar os documentos juntados pela defesa. A juíza concedeu. A Vale é que devia pagar INDENIZAÇÃO ao Brasil e aos brasileiros.




Nenhum comentário:

Postar um comentário