quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cel Hiram Reis e Silva

Monteirão – “Cicatriz orgulhosa do dever cumprido”

“Não uso critérios políticos ou regionalistas, não pago dívidas eleitorais que não precisei contrair, não tenho a vocação do favoritismo e da cortesia no exercício de meu dever e me declaro incompetente na mecânica da composição, do conchavo, da barganha. Compromisso, só os tenho com a minha consciência e com o futuro de meu país”.

Presidente Emílio Garrastazu Médici

Curso de Operações de Selva (COS A/99)

Aqueles que, como eu, tiveram o privilégio de ombrear com o então Coronel Monteiro no COS A/99 não se surpreenderam com a postura firme e correta que caracterizou suas ações no Comando da Brigada em Boa Vista - RR. O estagiário 02, desde o início do curso, mostrou-se um combatente de selva diferenciado, pois sua competência, lealdade, serenidade, resistência física e combatividade, ficaram patentes em cada uma de suas intervenções e nortearam as atitudes de todos os militares do curso. Os instrutores do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) ao final do curso reconheceram seu mérito classificando-o, com justiça, em primeiro lugar.
A amizade, normalmente, é algo que se cria com o passar dos anos e raras são as pessoas com quem convivemos por breves períodos e nos marcam tão profundamente para que possamos considerá-las amigas. Parece que os cursos combatentes têm algo diferente dos demais, pois fazem com que as pessoas se aproximem mais umas das outras, pois a união e a camaradagem contribuem, definitivamente, para o bem estar de cada um e para o sucesso da missão. O Monteirão (como gosta de ser chamado) tem essa característica, suas qualidades como ser humano o tornam um amigo, um irmão muito especial em um curto espaço de tempo. Foi uma honra, meu amigo e irmão maçom, ter conhecido um militar como você.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Rui Barbosa de Oliveira

Lideranças da sua estirpe são cada vez mais raras numa sociedade em que dá mais importância ao ‘ter’ do que ao ‘ser’. Tomar as atitudes corretas, sem se preocupar com as conseqüências para a ‘carreira’, é algo que nossos jovens oficiais devem reverenciar, pois desde há muito estavam relegadas a segundo plano, esquecidas mesmo. A Nação é mais importante que os interesses pessoais e você, meu amigo, meu irmão, mostrou isso a todos brasileiros.

Cidadão Benemérito de Roraima

Na manhã de 26 de Agosto, em cerimônia que contou com a presença do governador do Estado, Anchieta Junior, no Plenário da Assembléia Legislativa de Roraima (ALE-RR), foi homenageado o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, General Eliéser Girão Monteiro Filho com o título de Cidadão Benemérito de Roraima. O deputado Mecias de Jesus, presidente da ALE-RR, ressaltou que: ‘A Casa através do povo roraimense reconhece e registra o General Monteiro como filho do Estado de Roraima, como cidadão que muito fez em prol do nosso Estado’. Para o deputado Mecias de Jesus, a posição firme e determinada do general foi decisiva nos momentos críticos pelos quais o Estado tem passado nos últimos meses e destacou que: ‘Foi com este espírito de gratidão e reconhecimento que entregamos o título de cidadão benemérito do Estado ao general Eliéser. Homem convicto de suas idéias, de seu dever e compromisso com esta nação; essas características são claras em sua personalidade e marcantes em sua carreira. E nós tivemos o privilégio de poder contar com sua atuação e brilhantismo e nada mais justo proporcionar-lhe essa homenagem’.
O governador Anchieta Junior, por sua vez, reconheceu que a distinção é justa, justíssima. ‘É uma homenagem a esse grande brasileiro, a esse grande nacionalista’. O governador enfatizou que o general, não só escreveu sua história em Roraima, mas ajudou a escrever uma importante página na história do Estado e que ‘isso se deu pela sua atuação firme, ética e comprometida. Esperamos ter a oportunidade de poder contar mais uma vez com a atuação do general em nosso Estado, como se deu anteriormente e desde já agradecemos tudo o que fez pela nossa terra’.
O deputado Rodolfo Braga, orador oficial, destacou a importância da atuação do general em um momento tão crítico que está sendo vivido pelo Estado, como a questão da demarcação da Terra Indígena Raposa e Serra do Sol. ‘São poucos os homens destemidos e atuantes que temos nesta terra e sem dúvida, o general Elieser faz parte deste grupo seleto. Em todos os momentos que prestou serviços em Roraima, deixou registrada sua marca: de homem firme, convicto de sua missão e acima de tudo, comprometido com a soberania nacional. A ele nossa homenagem e reconhecimento’, afirmou.
No final da solenidade o General Monteiro afirmou que: ‘Consegui obter uma coisa que não se perde e nem se encontra, ou seja, consegui obter das pessoas de Roraima a confiança e a amizade’. O General espera corresponder a toda essa confiança e afirmou que: 'missão não se escolhe, nem se discute, se cumpre. Tenho convicção da nossa missão nesta terra (Roraima) e saímos daqui com a certeza de ter feito o melhor. Somos gratos pela acolhida que tivemos em todos os momentos e temos Roraima no coração, como nossa casa’.

Ordem do Mérito “Forte São Joaquim”

O general Monteiro recebeu, das mãos do governador de Roraima, Anchieta Júnior, a comenda da Ordem do Mérito ‘Forte São Joaquim’, a mais alta distinção concedida pelo Governo de Roraima. Na oportunidade, o governador, disse que: ‘A entrega da medalha é uma homenagem justa e honrosa, e muito nos gratificou ter tido a oportunidade de fazer esse reconhecimento’.
Monteiro deixa Boa Vista com a sensação de dever cumprido e que seu desejo não era deixar o comando agora e afirmou que: ‘O comandante não gosta de abandonar o seu comando nunca, mas estou saindo para outro comando, uma função importante, na parte de logística do Exército. Considerei-me brindado com essa função. Um dos meus objetivos de longo prazo é de que o nosso efetivo e nossas instalações sejam fortalecidas e ampliadas. É preciso construir mais quartéis e residências para os nossos militares. E um anseio antigo da sociedade de Boa Vista também precisa ser atendido: a construção do Colégio Militar. São sonhos, na verdade. Nós somos seres humanos e o ser humano tem de sonhar, porque isso faz parte da motivação de vida. Eu tenho um grande desafio pela frente, estou feliz e considero que o comportamento adotado aqui foi o de um general do Exército Brasileiro, de um cidadão brasileiro, e qualquer um que estivesse na minha função teria feito o mesmo’.

Passagem de comando (29 Agosto)
O General Eliéser Girão Monteiro Filho passou o comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, Boa Vista, RR, para o general Carlos Alberto Neiva Barcellos.

*Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva, professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Rua Dona Eugênia, 1227
Petrópolis - Porto Alegre - RS
90630 150
Telefone:- (51) 3331 6265

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br

Veja alguns textos que se relacionam com o assunto acima e que já foram publicados neste Blog:
Raposa/Serra do Sol e a Coroa BritânicaAdvertência Importante
Cel. Hiram Reis e Silva

General Monteiro - um líder militar

Traição e CovardiaRaposa/Serra do Sol

Quartiero preso pela milícia do CIR
Senador Mozarildo Cavalcanti critica posição do governo federal no conflito
Cel. Hiram Reis e Silva
Raposa/Serra do Sol: Ação no STF
Crise na reserva indígena de Roraima era previsível
Carlos Chagas
Ventos Patrióticos do Quadrante Setentrional
ONGs Pilantras
O ‘piedoso’ padre Giorgio Dal Ben
Opinião de um "ex"-stalinista sobre a delicada questão “Raposa/Serra do Sol”
Laudo antropológico fraudulento
A Amazônia é deles?
É uma velha advertência entre os militares, que deveria ser ouvida com mais atenção
Lula vai ‘dialogar’ com os ministros do STF
Decisão sobre "desintrusão" evita “banho de sangue” em Roraima
Demarcação fraudulenta
Amazônia oriental é o ponto mais vulnerável da fronteira
Fronteiras sangrentas

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