"Pode dar fim a divergências entre civis e militares", diz Mangabeira Unger
Coordenador do comitê interministerial responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, acredita que a iniciativa, embora conduzida por civis, irá contribuir para a superação de eventuais divergências entre civis e militares.Mangabeira afirma não haver, da parte do atual governo, qualquer atitude revanchista por conta da perseguição a oposicionistas da ditadura militar (1964-1985), mas reconheceu que o golpe que depôs o presidente João Goulart aprofundou o distanciamento entre a sociedade civil e os militares."Vivemos um período de antagonismos e de suspeitas entre civis e militares que foi agravado por toda a experiência do regime militar”, afirmou Mangabeira à Agência Brasil. “Acho que estamos superando isso e, a meu ver, essa é uma das conquistas menos visíveis da formulação do Plano de Defesa, selar a superação desse legado histórico”Segundo o ministro, enquanto no resto do mundo os defensores de “projetos nacionais” são os mesmos grupos associados às pessoas que querem o fortalecimento da Defesa Nacional para que seus países tenham “uma margem de manobra que lhes permita construir seus próprios modelos e resistir às agressões e intimidações externas”, no Brasil aconteceu algo singular.“Devido a toda a nossa história, houve uma divergência, agravada pelo regime militar, entre os que defendiam o projeto de desenvolvimento e os que reclamavam um projeto de fortalecimento de nossas Defesas”, disse Mangabeira. Ele explicou que, enquanto o desenvolvimentismo foi associado aos grupos de esquerda, a noção de Defesa foi associada aos militares que combatiam esses mesmos grupos.Mangabeira lembrou que, embora não tenha sido a única causa, o afastamento entre militares e esquerdas ajuda a explicar “a marginalização da causa da Defesa” e o conseqüente sucateamento das Forças Armadas brasileiras.
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Coordenador do comitê interministerial responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, acredita que a iniciativa, embora conduzida por civis, irá contribuir para a superação de eventuais divergências entre civis e militares.Mangabeira afirma não haver, da parte do atual governo, qualquer atitude revanchista por conta da perseguição a oposicionistas da ditadura militar (1964-1985), mas reconheceu que o golpe que depôs o presidente João Goulart aprofundou o distanciamento entre a sociedade civil e os militares."Vivemos um período de antagonismos e de suspeitas entre civis e militares que foi agravado por toda a experiência do regime militar”, afirmou Mangabeira à Agência Brasil. “Acho que estamos superando isso e, a meu ver, essa é uma das conquistas menos visíveis da formulação do Plano de Defesa, selar a superação desse legado histórico”Segundo o ministro, enquanto no resto do mundo os defensores de “projetos nacionais” são os mesmos grupos associados às pessoas que querem o fortalecimento da Defesa Nacional para que seus países tenham “uma margem de manobra que lhes permita construir seus próprios modelos e resistir às agressões e intimidações externas”, no Brasil aconteceu algo singular.“Devido a toda a nossa história, houve uma divergência, agravada pelo regime militar, entre os que defendiam o projeto de desenvolvimento e os que reclamavam um projeto de fortalecimento de nossas Defesas”, disse Mangabeira. Ele explicou que, enquanto o desenvolvimentismo foi associado aos grupos de esquerda, a noção de Defesa foi associada aos militares que combatiam esses mesmos grupos.Mangabeira lembrou que, embora não tenha sido a única causa, o afastamento entre militares e esquerdas ajuda a explicar “a marginalização da causa da Defesa” e o conseqüente sucateamento das Forças Armadas brasileiras.
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