quarta-feira, 2 de julho de 2008

Agráva-se o perigo de um ataque contra o Irã

Diretamente pelo Pentágono ou por Israel...
Por Sara Flounders

O Primeiro-ministro israelense Ehud Olmert foi a Washington exigir que se pare o programa nuclear iraniano "através de todos os meios possíveis". Olmert e uma delegação de políticos americanos dirigiram-se a uma plateia de elementos do American Israel Public Affairs Committee (AIPAC). Os concorrentes à presidência dos dois partidos imperialistas, bem como senadores pertencentes às principais comissões do Congresso, repetiram a mesma lenga-lenga em uníssono. Democratas e republicanos pareciam unidos ao alinhar-se para expressar o seu apoio inequívoco a Israel e, para ameaçar o Irão. Eles apresentaram o seu programa de desenvolvimento de energia nuclear, que é totalmente legal, como uma ameaça terrível para a "paz mundial". Esta ameaça sabiamente orquestrada foi ainda mais reforçada depois do regresso de Olmert a Israel após a convenção. Passadas algumas horas depois do seu regresso, o vice-primeiro ministro, Shaul Mofaz, qualificava de "inevitável" a guerra contra o Irão. Mofaz, antigo chefe militar e antigo ministro da Defesa, foi o representante israelense num diálogo estratégico sobre o Irão com os oficiais americanos. Ele declarou que se o Irão continuar com o seu programa nuclear, Israel passará ao ataque pois não há escolha num período em que "as opções estão a desaparecer e as sanções já provaram ser ineficazes". Os meios de comunicação internacionais desencadearam uma onda de contestação por causa destas declarações provocatórias e ameaçadoras. O preço do petróleo disparou para 138 dólares por barril, o que é sem precedentes. O primeiro-ministro Olmert atiçou ainda mais as chamas ao recusar descartar a hipótese de uma ofensiva militar contra o Irão. "Todas as opções, incluindo a militar, devem permanecer sobre a mesa", disse ele, fazendo eco das políticas de Bush. Este episódio só reforçou a idéia de que Israel é um instrumento da política americana, quando as administrações americanas não estão em condições de agir diretamente. Por diversas vezes, Washington deu o seu pleno apoio político, económico e militar aos crimes israelenses: nos anos 60 e 70, as guerras repetidas de Israel para afastar a crescente onda do nacionalismo árabe; em 1981, quando Israel bombardeou o reactor nuclear iraquiano; nos anos 80, quando Israel levou esquadrões da morte para a América Central; quando Israel apoiou o apartheid sul-africano; quando bombardeou o Líbano em 2006 e no caso das recentes investidas contra a Síria.
O AIPAC serve o poder das grandes empresas americanas
(...)

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http://www.resistir.info/irao/ameacas_irao.html
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