

Com aquela cara de Madame Mim e a tradicional verborragia chula, Arnaldo Jabor sempre sofisma sobre o que não conhece. A soldo dos que querem de qualquer maneira distanciar a juventude da vida cidadã, sempre tenta depreciar a categoria política, vivendo de generalizações fáceis e atirando contra um espectro amplo de líderes dos mais variados matizes ideológicos. Com exceção de Fernando Henrique Catástrofe, cujo filho é seu compadre, sobra para todo mundo: Lula, Collor, Sarney, ACM, Itamar Franco, Heloísa Helena, Suplicy e Garotinho. Justamente o homem da Fundação Ford, ele poupa. Por isso, sempre pertenceu ao grupo que a mídia responsável chama de “as meninas do Fernando Henrique” dos “jornalões” amestrados. Durante a Ditadura, foi o "revolucionário" "anarquista" que mais dedurou coleguinhas e que amava mamar nas tetas da "Embrafilme", com suas pornochanchadas vazias; nos Anos FHCatástrofe, mais uma vez fez pose de menino rebelde, mas não deixou de mamar nas tetas do Poder. Desta vez, em íntima ligação com o tucanato apátrida paulista. Sendo muito íntimo do "Bart Simpson" da política brasileira (José Serra) - e freqüentador assíduo das feijoadas do então "presidente" Fernando Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada -, não perdeu tempo: foi o aríate midiático-ideológico mais engajado da privatização/desnacionalização brasileira, o proxeneta principal do processo de desconstrução, fragmentação e alienação da nossa Soberania. Neste sentido, fez um belo par com a outra bruxa tucanóide, também muito bem paga: a Míriam Leitoa. Sempre foi, também, amigo íntimo e compadre do ex-primeiro filho, Paulo Henrique Cardoso. Aquele mesmo que era acusado pela imprensa responsável de usar a influência do pai para negócios junto ao poder público. No seu espaço na CBN, nas eleições de 2002, Jabor falou mal de Roseana Sarney e de todos os candidatos que disputavam com Serra. Seguro-apagão? Nem uma palavra. Afastamento do delegado que chefiava o inquérito da Roseana? Nem um assobio. Privatização/doação da Vale do Rio Doce? Nem pensar. Proer e dívida pública? É brincadeira!? O “salário” que FHC, mesmo como presidente da República, sempre recebeu da Fundação Ford para transformar o Brasil em protetorado da plutocracia financeira de Wall Street? Jamais. Toda a sua ira estereotipada se concentrou apenas no que não se relacionava com os “80 anos de retrocesso em oito de governo” de FHC (nas palavras de Helio Fernandes). É esta a sua “liberdade de expressão”.



Cordel pra Jabor
Cordel pra Jabor
Este cordel que apresento
Sem nenhuma pretensão
E mesmo que lhe pareça
Ser verdadeira a versão
Ainda que eu não garanta
É uma mera ficção.
Assim começa o cordel
Assim começa o cordel
Justo na reflexão
Tô falando do espelho
Da nossa imaginação
Que as vezes num belo dia
Prega em nós grande lição.
Como se Arnaldo Jabor
Prega em nós grande lição.
Como se Arnaldo Jabor
Num exame de consciência
Um belo dia acordasse
Com toda sua eloqüência
E em conversa mostrasse
Sua verdadeira essência.
"Caros amigos leitores
"Caros amigos leitores
Eu sou Arnaldo Jabor
Cineasta e jornalista
Direitista e traidor
Também sou um caga-pau
Xeleléu e delator.
Do clã Roberto Marinho
Do clã Roberto Marinho
Sou baba-ovo da hora
Digo só o que eles querem
Creio e nego, sem demora
Creio e nego, sem demora
Sou um neo-liberalista
Por enquanto, até agora..
Um dia já fui esquerda
Um dia já fui esquerda
Era na luta engajado
No cinema brasileiro
Contestei fui contestado
Hoje meu cinema é outro
Pelo poder fui comprado.
Hoje voto na direita
Hoje voto na direita
No maior descaramento
Nego tudo que outrora
Mostrava em meu pensamento
Glauber Rocha tando vivo
Seria o meu tormento.
Mudei de convicções
As antigas companhias
Mudei de convicções
As antigas companhias
Agora sou um amigo
Das grandes oligarquias
Digo tudo qu'eles mandam
Mentiras, patifarias.
É assim que a coisa anda
É assim que a coisa anda
É assim que o mundo gira
Sou um lobo carniceiro
A serviço da mentira
Se eu não tirar o meu
Chega outro vem e tira.
Faço uso da palavra
Faço uso da palavra
Pra defender meu quinhão
Quero mais é que se fôda
Quem defende esta nação
Meu caviá garantido
Para quê preocupação.
Sou perverso no que digo
Sou perverso no que digo
E ainda sou respeitado
Pois a mentira é quem dita
Dita por quem tá do lado
Dos grandes exploradores
Do poder televisado.
Faço do verbo navalha
Faço do verbo navalha
Quero mais é tá por cima
Vai viver sempre enganado
Aquele que subestima
A minha capacidade
De cagar uma obra-prima.
Agora devo ir embora
Agora devo ir embora
Meu trabalho me espera
Vou inventar outra estória
Para parecer de Vera
E quem ler sempre acredita
Na minha nova quimera."
Este cordel esquisito
Na minha nova quimera."
Este cordel esquisito
Que acabamos de ler
É fruto do pensamento
Que acabo de escrever
Me chamo Jorge Filó
Em mim você pode crer.
Recife - Pernambuco - Brasil
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